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André Tajes/Serra em Pauta

O ex-candidato a prefeito de Caxias do Sul, Júlio Freitas, deixou a presidência do Republicanos no início deste mês, e justificou que a sigla deve passar por uma reestruturação após o resultado da eleição municipal. Ele obteve 11.749 votos, o que representa 5,31% votos, e ficou na sétima colocação.

- A Executiva entendeu que seria mais adequado que o vereador Fiuza assumisse a presidência do partido. Quem vai continuar respirando diariamente a vida política de Caxias é o vereador Fiuza.

Fiuza é o atual segundo vice-presidente da Executiva.

Freitas assumiu a presidência do partido no final de abril de 2019, com o prefeito Daniel Guerra e dois vereadores Chico Guerra e Elisandro Fiuza, e entregou o cargo com apenas um parlamentar, Fiuza, reeleito para o segundo mandato. Ele reconhece o encolhimento da sigla após o pleito:

- Por essa ótica e essa visão o partido diminuiu e não foi um sucesso. Com humildade, não foi um sucesso em nenhum aspecto. Não dá pra dizer que os quase 12 mil votos que a gente fez e a reeleição do vereador Fiuza tenha sido um sucesso.

Segundo Freitas, o grupo político liderado pelo ex-prefeito Daniel Guerra deve permanecer no partido, mas deixa a porta aberta para desfiliação caso, por exemplo, a nova direção decida integrar a base de sustentação do Governo Adiló Didomenico (PSDB).

- Se os rumos ficarem dentro daquilo que sempre entendemos que é o papel do Republicamos vamos continuar. Fomos colocados como oposição. Não conseguimos admitir que o Republicanos venha a fazer parte da base de sustentação ao governo (Adiló). Qualquer (filiado) tem o direito de procurar o seu espaço, abandonar a política ou procurar outra agremiação - comentou.

Apesar de reconhecer o fracasso eleitoral, o ex-candidato apontou quatro aspectos que contribuíram para a derrota: a fragmentação dos votos entre os candidatos do campo político de direita, o poder econômico de algumas candidaturas, ser pouco conhecido na cidade e o desgaste sofrido com o processo de impeachment de Guerra, que aconteceu no final do ano passado.

Sobre seu futuro, disse que recebeu dois convites para trabalhar em municípios onde o Republicanos elegeu o prefeito e no outro o vice-prefeito – para assumir como procurador-geral e secretário, respectivamente, mas recusou por que as cidades são distantes de Caxias. Disse também que analisa outras sondagens na área pública desde que possa manter residência em Caxias, e ainda tem a ideia de empreender.

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