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Entrevista

‘Novo eixo político para cidade’, diz o candidato a prefeito de Caxias pelo PSDB

Vereador de dois mandatos pelo PTB Adiló Didomenico rumou para o PSDB para garantir sua candidatura pretendida desde 2012

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
05.10.2020 - 14h00min

Gabriel Rodrigues/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O vereador Adiló Didomemico, 68 anos, esperou por oito anos, ou duas eleições, para concorrer a prefeito de Caxias do Sul. Sem a confiança de que o PTB garantiria a sua candidatura, decidiu mudar para o PSDB na janela partidária do início deste ano.

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O novo tucano deve se apresentar aos eleitores como uma novidade com experiência. Formado em economia e comerciante por 37 anos, na área pública tem seu nome ligado à Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca), da qual foi diretor-presidente de 2005 a 2012, nos governos José Ivo Sartori (MDB). O trabalho o credenciou para o primeiro mandato na Câmara de Vereadores na legislatura 2013/2016. Na administração Alceu Barbosa Velho (PDT), ocupou o cargo de secretário de Obras. Na última eleição, foi reeleito para o segundo mandato no Legislativo.

Confira a entrevista completa aqui.

Adiló tinha a expectativa de concorrer a prefeito já em 2012, mas, com a candidatura de Alceu, então vice de Sartori, abriu mão da aspiração em nome da unidade política.

– Os partidos tradicionais têm muitas lideranças e nomes fortes e não sobra espaço. O doutor Alceu apresentou seu nome e recuei para não provocar uma fissura. Em 2016, aconteceu a morte súbita da minha esposa e decidi me retirar da eleição, mas o PTB apelou e acabei concorrendo à reeleição. Chega um ponto que a gente quer se colocar à disposição. Tenho experiência na área privada e na pública – comenta Adiló.

Diante de uma eleição com pelo menos quatro ex-aliados (da base Sartori/Alceu), Antonio Feldmann, Carlos Búrigo, Edson Néspolo e Vinicius Ribeiro), Adiló afirma pretender realizar uma campanha propositiva e, se for “o escolhido”, no dia seguinte ao resultado da eleição pretende reunir as forças políticas para recuperar a cidade nos cenários regional e estadual.

– Todos (ex-aliados) são pessoas que respeito, mas estou preparado para enfrentar esse desafio. Temos que esquecer as siglas partidárias. Eu acompanhei o crescimento de Caxias e fico chateado porque a cidade engatou uma marcha-ré. Precisamos virar essa chave.

Adiló faz questão de ressaltar que a unidade das forças políticas não significa formar uma grande coligação de partidos políticos e realizar uma distribuição de cargos.

A candidatura de Adiló e da candidata a vice-prefeita, Paula Ioris, também do PSDB, se sustenta ainda na parceria com o deputado estadual, Neri, o Carteiro (Solidariedade). Segundo o candidato a prefeito, desde junho do ano passado os três formam uma parceria por afinidade e com o objetivo de construir um novo eixo político para a cidade. Adiló ressalta as qualidades do seu principal apoiador de campanha:

– Queremos formar um novo eixo político para a cidade com novas ideias e lideranças, para ter uma renovação com experiência e segurança. O Neri é um fenômeno político e, a cada dia que ando com ele nos bairros, me encanta pela simplicidade e pela empatia que tem com a população.

 

Propostas prioritárias

Infraestrutura e inovação: “Precisamos contratar urgente uma empresa que elabore um plano de mobilidade urbana e, na área da inovação, possibilitar o acesso a todos os serviços da prefeitura por meio de um aplicativo, colocando essa ferramenta à disposição do contribuinte e do servidor público”.

Reuniões nas comunidades: “Queremos manter reuniões periódicas nas comunidades para governar ouvindo as pessoas, coisa que o Sartori tinha colocado em prática no início do seu governo e depois foi se perdendo. Na habitação, precisamos retomar a construção de loteamentos populares e desenvolver o projeto Simplifica Caxias, que vai passar um pente-fino nas leis que hoje se sobrepõem, que acabam engessando o serviço público”.

Cercamento eletrônico: “Na área da segurança, vamos implementar o cercamento eletrônico e o videomonitoramento. Caxias foi a única cidade da região que não assinou o Sistema de Segurança Integrada, o SIM, do governo do Estado. Na área da Saúde, pretendemos ampliar a cobertura da Estratégia da Saúde da Família, que é uma demanda que a população vem pedindo há muito tempo”.

 

Relação com os governos anteriores

Sartori e Alceu: “Fui presidente da Codeca com o Sartori e tive muita autonomia, especialmente na montagem da equipe. No governo Alceu tive muito apoio colocando rastreador em toda a frota de veículos e descentralizando a secretaria. Tenho muito respeito por essas figuras públicas, os dois sempre defenderam o interesse público.”

Daniel Guerra: “Foi uma relação difícil. Nos primeiros 15 dias visitei e me coloquei à disposição para ajudá-lo na Codeca e na Secretaria de Obras, de forma humilde, mas ele não estava disposto a ouvir.  Na questão dos médicos retornei e também não fui ouvido. Fica difícil dialogar com quem não quer ouvir.”

Flávio Cassina: “O Cassina pegou uma seca, uma enchente, um alagamento, uma pandemia e uma queda drástica na arrecadação, mas em seis meses destravou muito mais processos do que em três anos do Guerra. Ele assumiu: um governo-tampão, um governo de coalizão, mas acho que ele está se saindo razoavelmente muito bem”.

 

Calendário

Hoje: Adiló Dodomenico e Antonio Feldmann

6/10: Carlos Búrigo e  Edson Néspolo 

7/10: Júlio Freitas e  Marcelo Slaviero 

8/10: Nelson D’Arrigo e Pepe Vargas 

9/10: Renato Nunes, Renato Toigo e Vinicius Ribeiro

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Eleições 2020 reportagem entrevista candidato Adiló Didomenico Caxias do Sul