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Entrevista

‘Derrota, em política, é desistir’, diz candidato do Podemos de Caxias

Vice-prefeito de 2013 a 2016 e candidato ao mesmo cargo na última eleição, em chapas do PDT, Antonio Feldmann deixou o MDB para viabilizar candidatura

Colunista - Ariel Rossi Griffante

Ariel Rossi Griffante

redacao@serraempauta.com
05.10.2020 - 15h12min

Sandro Clamer/Divulgação
Foto Principal - Notícia

Depois de 10 eleições “pedindo voto para outros”, Antonio Feldmann, 52 anos – coordenador de Comunicação e secretário da Cultura nas administrações de José Ivo Sartori (MDB) de 2005 a 2012; vice-prefeito de Alceu Barbosa Velho (PDT) de 2013-2016 e candidato a vice de Edson Néspolo (PDT) em 2016 –, decidiu ser protagonista em uma campanha para o Executivo de Caxias do Sul.

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O intento já existia na última eleição, quando a proposta de candidatura própria (que Feldmann defendia) foi derrotada por 29 votos a 17 no diretório do MDB, resultando na manutenção da coligação com o PDT e demais partidos da base de apoio dos governos Sartori e Alceu. Dois anos depois, uma nova frustração no partido: sem apoio para concorrer a deputado federal, Feldmann deixou a sigla na qual militou por 20 anos para lançar-se pelo PSD. Contudo, outra vez a falta de suporte interno determinou uma mudança de rumo, com o ex-vice-prefeito lançando-se a uma construção partidária desde a base, pelo Podemos, cuja proposta agora apresenta ao eleitorado.

Confira a entrevista completa aqui.

“Nosso partido surgiu para dar oportunidade a quem nunca teve, inclusive pra mim. Formado há um ano, está com 500 filiados, foi o primeiro a lançar plano de governo e conta com a nominata completa de 35 candidatos a vereador”, descreve o candidato, que também preside a legenda na cidade e que terá como vice, em chapa pura, o ex-vereador Odir Ferronato.

Feldmann ressalva, entretanto, que a proposta de “mudança e renovação” não se encerra em si mesma, mas é motivada pelo seu histórico pessoal.

“Em toda minha trajetória de vida e trabalho, desde que cheguei a Caxias, há 37 anos, sempre fui a mesma pessoa. Só cheguei até aqui como candidato porque trilhei um caminho com meta. Tive coragem de sair do MDB e começar do zero. Minha candidatura não surgiu de acertos de gabinete, da bênção de caciques, mas da expressão colhida das ruas, bairros e fábricas”, argumenta, referindo-se a manifestações de apoio na campanha de 2016.

É nesta combinação que Feldmann se ampara para, mesmo em um partido recém-formado e contra os antigos aliados, confiar na conquista da prefeitura.

“Como tem dois turnos, há chance. Dos 21 partidos que integraram os governos do MDB e do PDT, cinco têm candidatos”, avalia.

O resultado discreto no pleito à Câmara Federal em 2018, refletido em 5.633 votos, incomoda, mas não desanima.

“Foi uma campanha atípica. Muitos candidatos de fora fizeram mais votos que os de Caxias, que acabou não elegendo nenhum representante. As pessoas valorizam quem é persistente. Rigotto e Sartori perderam quatro eleições para prefeito de Caxias e depois viraram governadores do Estado”, exemplifica, para sentenciar: “Derrota, em política, é desistir”.

 

Propostas prioritárias

Orçamento Cooperativo Solidário:  “O item número 1 dos 19 do nosso Programa de Governo é implantar o Orçamento Cooperativo Solidário, trazendo a participação da população, que existe desde as Cartas Reivindicatórias do Victório Trez (MDB, 1983-1988), do Orçamento Participativo, do PT, e do Orçamento Comunitário, do Sartori e do Alceu. Como plano emergencial pós-pandemia, precisamos recuperar todos os setores, revertendo a queda de emprego e renda”

Resgate do empreendedorismo: “Vamos envolver as forças vivas da cidade em um mutirão de parcerias para atrair novas empresas, ampliar as atuais, facilitar o desenvolvimento de pequenos negócios e cooperativas, resgatando a autoestima da cidade e a capacidade empreendedora, e investindo também em inovação, no turismo como uma nova matriz econômica, e no agronegócio”.

Assistência Social: “Terei um cuidado especial com os bairros, com as pessoas historicamente esquecidas, que têm capacidade, mas não têm oportunidade, desenvolvendo cooperativas como forma de gerar renda e dar dignidade para gente que trabalha. Isso vem da minha formação cristã, com a da experiência de sete anos de trabalho pela Pastoral da Igreja em bairros carentes, que me trouxe o aprendizado de que essas populações só precisam de uma oportunidade para fazer as coisas acontecerem”.

 

Relação com os governos anteriores

Sartori e Alceu: “Não queremos trazer o passado de volta. As conquistas se mantêm, mas aquilo valeu para aquela época. Queremos estabelecer um governo para o futuro, inovador, criativo, para uma Caxias moderna”.

Daniel Guerra: “Fui contra o impeachment, respeitando o voto popular, apesar do Guerra, quando vereador, ter assinado um pedido de impeachment, junto com o PT, contra mim, como vice-prefeito, e contra o (prefeito) Alceu Barbosa Velho”. 

Flávio Cassina: “O Podemos não participa da atual administração, não temos nenhuma relação. Mas não teria problema que pessoas que participaram dos governos Sartori, Alceu, Guerra ou Cassina estarem no nosso governo. Muita gente trabalhou pela cidade, que está acima de partidos ou da minha ideologia. Passou a eleição, o prefeito governa para todos”.

 

Calendário

Hoje: Adiló Dodomenico e Antonio Feldmann

6/10: Carlos Búrigo e Edson Néspolo 

7/10: Júlio Freitas e Marcelo Slaviero 

8/10: Nelson D’Arrigo e Pepe Vargas 

9/10: Renato Nunes, Renato Toigo e Vinicius Ribeiro

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Eleições 2020 reportagem entrevista candidato Antonio Feldmann Podemos Caxias do Sul