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Complexo histórico

Vice-prefeito de Caxias anuncia outras secretarias na Maesa

Edson Néspolo acompanhou vereadores na visita técnica guiada ao prédio nesta sexta-feira

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

André Tajes/Serra em Pauta
Foto Principal - Notícia

Os parlamentares caxienses visitaram, nesta sexta-feira (14), o complexo da antiga Metalúrgica Abramo Eberle S.A. (Maesa), localizado no Bairro Exposição. A atividade foi agendada pela Frente Parlamentar "A Maesa é Nossa", presidida pelo vereador Rafael Bueno (PDT), que defende agilidade no uso do espaço por parte da população. A área de 53 mil m², repassada pelo Estado ao Município em 2014, há 19 prédios.

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"O que a gente quer é a população aqui dentro. União, resistência e memória compõem a luta pela Maesa, que foi abraçada pela Câmara, pela União das Associações de Bairros (UAB) e várias outras entidades. Temos visitas guiadas e a Feira da Maesa Cultural, mas a gente quer é estar aqui dentro, porque o que estamos vendo é a Maesa sendo tombada no chão por falta de manutenção", enfatizou Bueno, ao solicitar ao Município a reativação do Comitê que existia para tratar da ocupação do espaço.

No momento, a Prefeitura tem em andamento a licitação do mercado público, cujo prazo para a abertura dos envelopes das propostas foi prorrogado até 31 de março de 2025, às 9h. O objeto é a concessão dos serviços e obras de restauro, reforma, gestão, operação, manutenção e conservação de uma área de 13 mil m² (seis blocos/prédios).

O vice-prefeito Edson Néspolo (União Brasil) explicou que o processo demanda um investimento privado, e os interessados desejam ter garantia de retorno.

"Não tem saída mágica. São R$ 50 milhões para começar essa história, mas ninguém vai colocar esse recurso, se não vislumbrar perspectivas, lucro", explica Néspolo.

Ele apontou como alternativas iniciais para reforçar a atração de investidores para o mercado público a instalação de um estacionamento, a colocação de secretarias, como da Educação, além de um espaço de arte para abrigar o Museu Zambelli, o Instituto Bruno Segalla e o Documento, com acervos da Festa da Uva.

Néspolo anunciou que parte do Complexo será destinada a outras secretarias municipais, como a pasta da Educação, que poderá ser uma das próximas a ser transferida para o local. Ele ainda mencionou a possibilidade de criação de um decreto municipal que definirá quais pastas deverão ocupar o espaço.

Diante da manifestação do vice-prefeito, o presidente da Câmara, vereador Lucas Caregnato (PT), fez o convite para representantes da Prefeitura irem até o Legislativo para apresentar a intenção de levar mais secretarias ao Complexo, apresentando eventual cronograma. Caregnato também parabenizou a Frente Parlamentar "A Maesa é Nossa" por provocar o debate em torno da ocupação.

Segundo Néspolo, pelo menos três grupos manifestam interesse na licitação: um chinês, um de Curitiba e outro da região.

A visita pelos principais prédios do complexo foi guiada pela arquiteta Rosana Guaresi, da Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (DIPPAHC), o órgão da Secretaria da Cultura. Ela mostrou alguns aspectos estruturais, considerando a representação histórica que envolve desde a matéria-prima usada e o estilo da construção até as memórias de uma família empreendedora, uma empresa, seus colaboradores e seu legado.

Presidente do Conselho Estadual da Cultura, a jornalista Rubia Frizzo, que também já escreveu uma obra a respeito da Maesa, especificou características de alguns espaços, mencionando sugestões e planos de utilização para eles.

"Queremos que a Maesa seja o nosso Cais Mauá (numa referência a espaço de preservação e lazer da Capital gaúcha), só que o tempo é crucial para recuperá-la", alertou.

A diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) e integrante do Conselho de Cultura, Claudia Calloni, relatou o empenho de diversos sindicatos para constituir o Museu da Trabalhadora e do Trabalhador, no prédio 1, onde funcionou a fundição da Eberle. Para dar a largada a esse projeto, Claudia informou que há R$ 900 mil de uma emenda parlamentar designada pela deputada federal Denise Pessôa (PT).

Saiba mais sobre o Complexo da Maesa

O prédio da Metalúrgica Abramo Eberle S/A - Fábrica 2 foi construído em 1948. Inspirado nas construções inglesas da região industrial de Manchester, se destacou como a maior e mais importante indústria metalúrgica de Caxias do Sul na primeira metade do século XX. Fundamental para o crescimento urbano, hoje é patrimônio histórico. São 53 mil m² de área na Rua Plácido de Castro, no Bairro Exposição.

A sanção de projeto de lei de transferência da Maesa para Caxias do Sul foi assinada pelo governador da época, Tarso Genro, em dezembro de 2014. Na época, parte do prédio estava sendo locado para a extinta empresa metalúrgica Voges.

Atualmente, apenas funcionam no local a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade; a Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural (DIPPAHC) da Secretaria da Cultura; o Banco de Materiais e parte da estrutura da Guarda Municipal.

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