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Legislativo

Vereadores eleitos de Caxias disputam presidências das comissões para 2021

Velocino Uez defende manutenção de acordo histórico. Já Adriano Bressan lidera implosão da negociação

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
16.12.2020 - 17h01min

André Tajes/Serra em Pauta
Foto Principal - Notícia

Os vereadores eleitos de Caxias do Sul para a legislatura 2021/2024 estão rachados em dois blocos. O motivo da disputa é a presidência das nove comissões legislativas da Câmara Municipal, em que o presidente tem direito a nomeação de um cargo de confiança (CC). Na manhã desta quarta-feira (16), os representantes dos dois grupos se reuniram separadamente para alinhar as negociações, porém não chegaram a um acordo. Os vereadores Velocino Uez (PTB), Denise Pessôa (PT), Marisol Santos (PSDB), José Dambros e Wagner Petrini, o Muleke, ambos do PSB, conversaram na sala das comissões, enquanto o Ricardo Daneluz (PDT), Adriano Bressan (PTB), Mauricio Marcon e Mauricio Scalco, os dois do Novo, se reuniram na sala da presidência da Casa.

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Do mesmo partido, mas de lados apostos, Uez defende a manutenção de um acordo antigo que prevê que as maiores bancadas – PTB, PT, PSDB e PSB – têm direito a indicar o presidente da Câmara e duas presidências de comissão por ano. Já durante o período em que vereador do partido ocupar a presidência a sigla tem direito a indicar o comando de uma comissão. Bressan articula implodir com o acordo para deixar o PT de fora da presidência do Legislativo.

Mantendo o acordo histórico, e com Uez na presidência ano que vem, PT, PSB e PSDB ficariam com duas comissões cada, e PTB, MDB e PDT, que elegeram dois vereadores cada, ficariam com uma comissão. O Novo, que também elegeu dois vereadores, reivindica o direito a sua comissão e estaria exigindo a de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização, Controle Orçamentário e Turismo, que tem direito a nomeação de um assessor técnico (CC 8) com salário de R$ 9.349,68, enquanto as outras comissões têm direito a um assessor político (CC 6) com salário de R$ 4.977,50. Os vereadores do Novo teriam recebido a proposta de presidir a Comissão da Segurança Pública e Proteção Social, que atualmente não tem CC nomeado, mas teriam recusado. Um CC da presidência da Casa pode ser deslocado para a Comissão da Segurança para contemplar a igualdade entre as siglas.

Há também um segundo motivo para a tentativa de rompimento do acordo que define a distribuição da presidência do Legislativo e das comissões. Inconformado com a possibilidade de perder a presidência da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o vereador Rafael Bueno (PDT) articula para se garantir no cargo. Com dois vereadores, o PDT tem direito a somente uma comissão. Ricardo Daneluz (PDT) teria garantido a presidência da Comissão de Agricultura, Agroindústria, Pecuária e Cooperativismo. Bueno perderia o status e um CC. Bressan teria reivindicado a presidência da Comissão da Saúde. Outra fonte diz que a intenção dele é presidir a comissão de Educação ou de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação.

Sem acordo, a presidência da Câmara de Uez está ameaçada. O grupo liderado por Bressan pode apresentar uma chapa para disputar no voto a Mesa Diretora da Câmara.

O grupo articulador do acordo garante os votos de Denise Pessôa (PT), Marisol Santos (PSDB), Velocino Uez (PTB), Felipe Gremelmaier (MDB), Elisandro Fiuza (Republicanos), Estela Balardin (PT), José Dambrós (PSB), Gilfredo de Camillis (PSB), Olmir Cadore (PSDB), Renato Oliveira (PCdoB), Tatiane Frizzo (PSDB), Lucas Caregnato (PT) e Wagner Petrini, o Muleke (PSB).

Do outro lado estão Mauricio Marcon (Novo), Rafael Bueno (PDT), Adriano Bressan (PTB), Juliano Valim (PSD), Ricardo Daneluz (PDT), Sandro Fantinel (Patriota), Mauricio Scalco (Novo) e Alexandre Bortoluz, o Bortola (PP).

Os vereadores Gladis Frizzo (MDB) e Clóvis de Oliveira, o Xuxa (PTB), não teriam definido posição.

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