Vereadores de Farroupilha sugerem criação de uma praça sensorial

Flávio Lopes/Banco de dados/Prefeitura de Farroupilha/Divulgação

Os vereadores de Farroupilha do PDT, PSB e Republicanos sugeriram ao governo do prefeito Fabiano Feltrin (PP) que a Praça da Bandeira seja modelo de espaço público adaptado a pessoas com deficiências. A ideia surgiu após análise dos recentes relatórios apresentados pela ONU, IBGE e Secretaria municipal da Saúde, quanto ao crescimento de crianças identificadas com algum nível de autismo. O requerimento foi aprovado por unanimidade na sessão da Câmara de terça-feira (22).

Conforme o vereador Roque Severgnini (PSB), que apresentou a proposição, o trabalho foi realizado em conjunto com a Associação de Pais e Amigos do Autista de Farrouilha (Amafa), Apae, Associação Municipal de Deficientes Físicos de Farroupilha (Amdef) e Associação Farroupilhense de Deficientes Visuais (Afadev) que apontaram as necessidades a serem inseridas na praça.

O requerimento propõe que o local seja de terreno plano, sem obstáculos, com espaço sensorial, pista e muro tátil; e piscina de bolinhas de cores contrastantes com foco nas pessoas com baixa visão e autismo, além de brinquedos adaptados para deficiência física e acompanhamento de profissional capacitado para atendê-los.

Em Farroupilha, o número de atendimentos de autismo infantil pela Secretaria da Saúde passou de 378 em 2021 para 750 neste ano, alcançando a segunda maior causa de atendimentos relacionados a saúde mental no Município.

Atualmente, conforme registro das entidades, há em Farroupilha cerca de 260 cidadãos com algum tipo de deficiência. A Amafa atende 60 pessoas de 4 a 59 anos; a Afadev atende 31 pessoas cegas ou com baixa visão, a Amdef possui 24 associados e a Apae conta com 85 alunos na escolarização, 30 no atendimento educacional especializado e 30 na área da saúde.

No Brasil, a ONU estima haver dois milhões de pessoas com espectro autista, dado que se tornou relevante inclusive na análise do censo demográfico.

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