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Legislativo

Vereadores de Caxias se manifestam contrários ao plano de concessões de rodovias

Sobraram críticas para o valor da tarifa, o valor de outorga, o limite no desconto da tarifa e a falta de duplicação da Rota do Sol (RS-453)

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
22.06.2021 - 19h43min

Ana Paula Rech
Foto Principal - Notícia

Pelo menos sete vereadores demonstraram contrariedade ao plano de concessões de rodovias para Serra. Na sessão desta terça-feira (22), na Câmara de Caxias do Sul, Adriano Bressan (PTB) foi o primeiro a apontar críticas ao estudo. Ele foi seguindo pelos colegas Felipe Gremelaier (MDB), Wagner Petrini (PSB), José Dambrós (PSB), Maurício Marcon (Novo), Denise Pessôa (PT) e Sandro Fantinel (Patriota), que também manifestaram contrariedade ao modelo divulgado pelo Governo do Estado.

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O tema ganhou repercussão ainda maior após a divulgação dos valores das tarifas que variam entre R$ 5,10 e R$ 9,43. Na lista de reivindicações dos parlamentares caxienses está ainda o fim do valor da outorga (pagamento pela vencedora da licitação ao Governo do Estado pelo direito de explorar os pedágios), o limite de 25% de desconto no valor da tarifa e a falta de duplicação da Rota do Sol (RS-453) e da RS-122, entre Caxias e Flores da Cunha. Os vereadores apontaram também que o estudo prevês o aumento de 30% no valor das tarifas para estradas que forem duplicadas, e sugeram a cobrança da tarifa em apenas um sentido e que o valor de outorga seja destinado a duplicação da Rota do Sol.

As críticas aconteceram um dia antes da apresentação do estudo pelo secretário de Parcerias, Leonardo Busatto, na reunião pública da Frente Parlamentar para Discussão e Fiscalização das Concessões Rodoviárias do Polo de Caxias, da Câmara Municipal. O encontro está marcado para quarta-feira (23), às 16h, na sala das comissões Geni Peteffi.

Petrini, presidente da Comissão, disse que pretende realizar uma paralisação de pelo menos 1 hora, na RS-122, entre Caxias e Farroupilha, para chamar atenção do Governo do Estado. Segundo o socialista, a mobilização pode acontecer nesta sexta (25), no fim do dia ou no início da próxima semana.

A vereadora Tatiane Frizzo (PSDB), disse estar preocupada com o prazo de 30 anos da concessão e o valor da tarifa. Ela e os colegas Olmir Cadore e Marisol Santos, ambos do PSDB, têm uma pré-agenda com o governador Eduardo Leite (PSDB) para tratar do assunto.

"A gente sabe que existe uma mobilização de vários setores, prefeitos, empresários, pessoas que estão contribuindo ativamente para que a gente faça a concessão da melhor forma possível. Eu também me preocupo. Estamos falando de algo aqui que será pelos próximos 30 anos. Então sim, há uma necessidade, ela existe, queremos um valor mais justo com toda a certeza", disse Tatiane.

O que disseram os vereadores

"A gente não está vendo nada de satisfatório nessa questão desse plano. A gente só vê o descontentamento pelo valor excessivo, onde a gente sabe que 28 km a tarifa mínima é R$ 7,07, podendo chegar a R$ 9,43. Então fica aqui a minha nota de repúdio a esse sistema". Adriano Bressan (PTB)

"Necessitamos urgentemente de uma atenção especial para a Rota do Sol porque vai ser o caminho para o aeroporto (Regional da Serra Gaúcha) e para o porto (no litoral). Essa questão da outorga mesmo, sequer vejo sinalização, por exemplo, para que o valor arrecadado com a outorga possa ficar aqui na região com investimento, por exemplo, da Rota do Sol que não tem previsão de pedágio". Felipe Gremelmaier (MDB)

"Não poderia deixar de também transmitir aqui o descontentamento de vários setores, Estava aguardando um valor mais ou menos parecido com o que você mencionou de Santa Catarina, de R$ 3 a R$ 4 e aí vem essa bomba de pedágios até R$ 9". Wagner Petrini (PSB)

"Caxias a Flores só tem melhorias. Nos 30 anos não tem nada mais e aí nós temos uma cidade praticamente ligando Caxias a Flores da Cunha. Mas o que é isso? Precisamos duplicar Caxias-Flores da Cunha. É um absurdo! Não tem como concordar. Trinta anos só melhorias e mais um pedágio ainda?" José Dambrós (PSB)

"Nós teremos a limitação de desconto para o valor do pedágio. O pedágio da RS-287, Tabaí/Santa Maria, foi de 54%. Aqui o governador Eduardo Leite estabeleceu que o máximo de desconto é de 25%. A primeira coisa que precisa ser mudada é esse limitador de desconto. Todas as empresas vão dar 25% e depois se vai para um leilão de outorga. Essa outorga é arrecadatória e o pior, ela é arrecadatória não para investir na Serra. É para investir em estradas que não compreende a nossa região". Maurício Marcon (Novo)

"A gente tem aí uma mudança no sistema de pedágio, que é um pedágio que vai durar 30 anos. E ainda tem outro ponto, é alto o preço das tarifas, mas ainda, quando tiver a duplicação, vai ter um acréscimo de 30% na tarifa. Então: Ah, está caro agora? Vai piorar". Denise Pessôa (PT)

"Os valores propostos são excessivamente altos e não condizem com o mínimo de razoabilidade. A título de indicação ao Governo do Estado, fica a sugestão para a realização de estudos para redução das tarifas, como por exemplo, a cobrança em apenas um sentido das vias". Sandro Fantinel (Patriota)

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