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Tales Armiliato/Divulgação

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), perdeu o apoio de pelo menos sete vereadores após admitir que deve prorrogar o contrato com a Visate. O tucano admitiu a possibilidade em reportagem publicada pelo jornal Pioneiro nesta quinta-feira (11).

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Em maio do ano passado, o ex-prefeito Flávio Cassina (PTB), encaminhou projeto de lei à Câmara de Vereadores pedindo autorização para a continuidade do serviço por um ano. Os parlamentares aprovaram a matéria por maioria, com voto contrário do então vereador Chico Guerra (Republicanos).

Adiló decidiu encaminhar a minuta do edital do transporte coletivo para análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS). O chede do Executivo municipal aguarda um parecer do órgão estadual antes de publicar o edital de licitação de concessão do transporte coletivo.  A prorrogação do contrato de concessão do transporte coletivo com a Visate vence no dia 12 de maio.

A reação contrária teve início durante o grande expediente do vereador Wagner Petrini, (PSB), que criticou a falta de transparência por parte da Prefeitura e da Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade. O líder e o vice líder do Governo Adiló, vereadores Olmir Cadore (PSDB) e Adriano Bressan (PTB), declararam apoio as críticas do socialista.

Petrini, que é o atual presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Câmara, afirmou que Adiló não tem cumprido com sua palavra, promovida, principalmente, na época das eleições municipais.

"Ficou só na promessa. Essa licitação, a transparência e o prazo. O contrato vence agora em 12 de maio e corre o risco de ficar sem transporte na nossa cidade", criticou Petrini.

Outras manifestações

"Cadê a responsabilidade da Prefeitura e da Secretaria de Trânsito, para, de forma transparente, nos prometeram que iriam largar essa nova licitação para que outras empresas pudessem, com tempo, estudar e poder participar." Wagner Petrini (PSB)

"Dizer que a culpa de não fazer a licitação agora é do (ex) vereador Chico Guerra, sendo que, no ano passado, quando fazíamos esse debate, o secretário de Transportes era o mesmo que continua agora e eles diziam que estava praticamente pronto o processo de licitação, e que em seis meses fariam a licitação. (...) Aí se aprova um monte de facilidades para empresa, para tentar baixar a tarifa e agora não vai baixar." Denise Pessôa (PT)

"Nós não podemos mais aceitar prorrogação. Inclusive é uma situação que todos nossos parlamentares temos que pensar porque a população não aguenta mais, não aceita mais. Nós precisamos de um novo modelo de transporte público, um novo edital aprovado, contundente, que a população aprove, que realmente entregue os serviços que realmente a população tanto merece, ou uma tarifa justa. (...) Nós votamos como um voto de confiança para que houvesse a redução da tarifa e não houve”. Elisandro Fiuza (Republicanos)

"O processo de licitação é um processo de governo, não é um processo de uma secretaria. É muito grande para atirar para um lado só. (...) Se o Tribunal de Contas está demorando, que se vá até o Tribunal de Contas pedir que acelere o processo. Não tem que ficar esperando." Felipe Gremelmaier (MDB)

"Não dá mais para jogar para a Câmara de Vereadores. (...) O pessoal aí de fora acha que a gente sempre está passando a mão na cabeça da Visate. Não é assim. A gente tentou ajudar. Este ano, mais uma vez, com a votação estamos tentando ajudar o usuário. Não tem nada a ver de ajudar a empresa, mas sim o usuário." Adriano Bressan (PTB)

"Esse assunto é polêmico, é um assunto que preocupa realmente o Executivo. Mas eu faço parte da reclamação de todos aí. É um assunto que tem que ser resolvido. Tenho conversado com o prefeito Adiló, tenho conversado com o secretário Alfonso. Estão tentando achar solução junto ao Tribunal de Contas. Eu participo do mesmo pensamento. Tem que existir solução." Olmir Cadore (PSDB)

"É lamentável saber que, mais uma vez, quem vai ser onerado não vai ser a Câmara de Vereadores, não vai (ser a) Prefeitura, vai ser o usuário do transporte coletivo. Nós aprovamos a redução dos finais de semana, do último domingo do mês. Quer dizer então que, se for prorrogado mais três, quatro meses, não vai ser diminuída a tarifa? A Câmara está sendo traída, traída, por estar sabendo pelos bastidores o que está se passando. É muita sacanagem o que estão fazendo não somente conosco, que nós confiamos o voto, mas a população, o usuário do transporte. (...) Não contem com o meu voto para acontecer isso (prorrogação). O que foi combinado lá atrás foi outra coisa". Rafael Bueno (PDT)

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