Hiago Morandi acusa Maurício Scalco de ameaça por cargos na bancada da Câmara. Ex-candidato a prefeito diz que tinha indicação do PL estadual
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04.01.2025 - 10h23min
O vereador de Caxias do Sul Hiago Morandi (PL) – o mais votado da história do Município, com 11.304 votos – escancarou uma forte crise partidária ao pedir a expulsão e destituição do cargo do presidente do PL caxiense, Maurício Scalco, por infidelidade partidária. Scalco concorreu a prefeito nas eleições municipais de 2024.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta sexta-feira (3), Morandi rebateu uma manifestação de Scalco publicada no portal de notícias Leouve, em que o ex-candidato à Prefeitura afirmou que faltou liderança para Morandi, líder da bancada, na articulação política que definiu o presidente da Câmara de Vereadores.
Morandi, Daiane Mello (PL) e Ramon Teles (PL) votaram contra a chapa liderada por Lucas Caregnato (PT). Já Pedro Rodrigues (PL) e Sandro Fantinel (PL) foram favoráveis.
Para Morandi, a crítica recebida aconteceu por ele não ter indicado Scalco e uma ex-assessora para os cargos de assessor de bancada e auxiliar de bancada, respectivamente.
"Nós vereadores decidimos o que era melhor para o partido e escolhemos uma outra pessoa qualificada, formada em Direito, técnica para esse cargo (assessor de bancada). Eu indiquei uma pessoa qualifica, o segundo cargo eu pedi para o Sandro Fantinel indicar alguém da sua confiança. Isso é ser líder e democrático. E o terceiro cargo eu indiquei uma pessoa de confiança do vereador Pedro Rodrigues, para termos um pouco de cada pensamento dentro da bancada e fortalecer o PL de Caxias do Sul. O Scalco não gostou nada disso e me pressionou demais até o dia da minha posse. (...) Não era nem pessoal, era só questão de competência e botar alguém técnico no cargo. Se tornou pessoal quando ele vai em frente à minha família no dia da posse e fica me pressionando pedindo se eu tinha certeza do que eu iria fazer, em tom de ameaça", disse Morandi, dando a sua versão do conflito interno.
Morandi contou que ofereceu um cargo de auxiliar de bancada, porém Scalco recusou a indicação.
Na manhã deste sábado (4), Scalco afirmou que ainda não teve acesso ao ofício que pede sua expulsão. Disse que tem experiência legislativa devido ao mandato de vereador e que é formado em Direito.
Em sua defesa de que estaria exigindo cargos no Legislativo, Scalco disse que foi indicado no dia 3 de dezembro do ano passado, por meio de um ofício, pelo PL estadual para exercer a função de coordenador da bancada do PL na Câmara, e a presidente do PL Mulher, Virginia Boff, para a função de assessora da bancada. O documento é assinado pelo presidente estadual do PL, deputado federal Giovani Cherini e pelo deputado federal Luciano Zucco.
"Esse assunto deveria ser tratado internamente. Não sei o motivo para ele estar denegrindo a minha imagem", disse Scalco.
O documento diz ainda que os cargos da bancada do PL no Legislativo caxiense serão indicados pelo partido e que os nomeados sejam obrigatoriamente filiados ao PL. O documento comunica que todos os cargos que recebem salários deverão contribuir mensalmente com um porcentual ao PL municipal, e que o valor percentual será determinado em reunião da Executiva municipal.
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