Vereador do PTB, em Caxias, defende o fim dos sindicatos

Reprodução/Divulgação

O vereador Adriano Bressan (PTB) defendeu na sessão da Câmara Municipal de Caxias do Sul desta quinta-feira (29), o fim dos sindicatos que representam os trabalhadores. A manifestação teve origem quando dizia que “recebe todos os dias” mensagens de professores defendendo o retorno das aulas presenciais.

"Então é só aquele braço esquerdo do sindicalista, esquerdista que só quer o mal da comunidade, esse sindicato que não tem um que preste. Essa é a verdade. Sindicato, para mim, devia não existir, porque se não existisse, eu tenho certeza que o trabalhador seria muito mais feliz. O trabalhador só quer trabalhar, sindicato é para incomodar", disse Bressan irritado.

Depois da manifestação inflamada, Bressan foi à tribuna e baixou o tom das críticas. Ele comentou que o ataque tinha sido endereçado ao Cpers.

"Porque tem alguns sindicatos que não atrapalham. Tem que ser justo. Os que querem ajudar, a gente tem que valorizar, mas quem está ali para atrapalhar hoje é o Cpers", disse o parlamentar.

O vereador Lucas Caregnato (PT) comparou as críticas de Bressan aos sindicatos as ideias autoritárias da ditadura militar. O petista disse ainda que os ataques à imprensa, aos professores e aos sindicatos entristecia a Câmara de Vereadores que teve Percy Vargas de Abreu e Lima, Marino Cury, (Pedro) Simon, José Carlos Monteiro, Rachel Grazziotin e outros que defenderam a democracia. 

Em novo aparte, Bressan criticou a contextualização histórica e desdenhou dos parlamentares citados pelo petista.

"O vereador Lucas vem inflamado com histórias... quê, história do quê? Que o vereador vai se levantar aqui do caixão e não sei o quê. Para, vereador Lucas. Aqui, o vereador tem todo o direito de expressar as suas posições, e não é o senhor que vai fazer, com essas suas histórias aí, nos calar", comentou Bressan.

"Faço o que eu quiser e como eu quero"

A vereadora Denise Pessôa (PT) também criticou o posicionamento de Bressan contra os sindicatos. A parlamentar comentou que o vice-líder do governo do prefeito de Caxias, Adiló Didomenico (PSDB), estava filiado no partido errado. Ela lembrou que o PTB tem na sua origem relação com sindicatos.

Bressan respondeu a Denise em tom de indiferença com seu partido:

"Se o meu partido defende isso ou aquilo, eu não sou aqui regrado pela questão partidária, eu tenho o meu mandato, faço o que eu quiser e como eu quero", disse Bressan.

Leia também:
Prefeitura de Caxias inicia debate sobre reforma administrativa e previdenciária
Prefeito de Caxias terá orçamento de R$ 11,7 bilhões para administrar em quatro anos
Protocolado projeto que torna os serviços educacionais como atividade essencial, em Caxias
Vice-prefeita de Caxias do Sul testa positivo para a covid-19

Tags: