Vereador do Novo de Caxias pede investigação contra colega do PT na Comissão de Ética

Letícia Kreling/Divulgação

O vereador Maurício Scalco (Novo) protocolou nesta quarta-feira (7), um ofício a Comissão de Ética Parlamentar da Câmara Municipal de Caxias do Sul solicitando a instauração de processo disciplinar contra a vereadora Estela Balardin (PT). No grande expediente da sessão desta terça (6), Scalco rebateu a publicação nas redes sociais da petista em que acusa ele de ter votado contra o pedido de informações ao Executivo sobre a distribuição de equipamentos de proteção individuais (EPIs), nas escolas de educação infantil do município. O parlamentar do Novo votou favorável ao pedido.

Scalco acusou a vereadora de perseguição, e ressaltou que a atitude foge dos deveres de um vereador de uma cidade como Caxias do Sul. Também afirmou que sua família também sofreu calúnias nas redes sociais.

"Essa perseguição da vereadora nas redes sociais se dá comigo por quê? Por que represento uma parcela da população que o PT combate? Por que eu sou branco? Por que sou empresário? Por que eu sou empreendedor?", questionou o parlamentar.

O vereador leu um trecho de um projeto de lei protocolado pela vereadora Denise Pessôa (PT), que tem como objetivo combater as chamadas fake news (notícias falsas, em tradução literal do inglês). O legislador condenou firmemente a propagação de notícias falsas, o que, para ele, apenas atrapalham o trabalho e criam redes de ódio. 

Scalco estuda ainda ingressar na Justiça contra Estela.

No grande expediente seguinte, Estela pediu desculpas a Scalco e informou que retirou o post das redes. Também publicou uma nota de retratação em que admite o erro, mas que a divulgação não foi de propósito, e que seu partido – o PT sofre "diariamente com fake news". Confira a nota na íntegra:

"Venho a público através da presente nota pedir desculpas pelo equívoco cometido em minha página na semana passada, ao vincular o vereador Maurício Scalco ao grupo de Vereadores que, absurdamente, votou contra o pedido de informações acerca dos EPIs nas escolas de educação infantil. Foi um equívoco da nossa parte, uma vez que o vereador votou favorável ao pedido. Friso aqui que não tenho dificuldade alguma em me desculpar por alguma injustiça que, ainda que sem intenção, possamos ter cometido. Também que não preciso de medida judicial e, tampouco, de uma eventual advertência da Comissão de Ética para admitir um erro. Nosso mandato e meu partido sofrem diariamente com as fake news, e nesse sentido lutamos veementemente contra elas. Também por isso, jamais divulgaríamos alguma informação falsa propositalmente, e salientamos: aqueles que têm compromisso com a verdade também estão sujeitos a cometer erros. Aproveito este pronunciamento para sublinhar nossa contrariedade a ofensas de qualquer natureza nas redes sociais, entendendo que elas não devem ter espaço algum no ambiente político. Nosso mandato segue ao lado do povo e compromissado com a verdade", diz a nota da petista.

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