Maurício Marcon cogita a possibilidade contratar segurança particular
andre.tajes@serraempauta.com
06.08.2021 - 09h45min
O vereador Maurício Marcon (Novo), recebeu nesta semana duas ameaças. A primeira aconteceu pelo aplicativo de conversa do seu estabelecimento comercial e a outra por meio do seu celular. Após a segunda ameaça, nesta quarta-feira (5), registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Pelo WhatsApp, a pessoa escreveu que o vereador é "boca grande e fala demais". Já na ligação, o autor da ameaça disse que era para "parar de mexer com as firmas".
Neste início de mandato, o parlamentar tem se envolvido com temas polêmicos da cidade. Ele cita a atuação para o fim do monopólio dos serviços funerários, a contrariedade a contribuição sindical obrigatória de trabalhadores da indústria e o enfrentamento com o Partido dos Trabalhadores. Ele ainda defende a privatização da Codeca.
Na sessão desta quinta (5), Marcon comentou sobre os episódios.
"Ninguém gosta, senhor presidente, de receber uma ameaça de morte. Recebi via WhatsApp e depois, ontem (quarta), também recebi uma ligação, e a gente sabe que quando a gente mexe com temas polêmicos aqui da nossa cidade, temas que estão enraizados na nossa sociedade há muitos e muitos anos, a gente acaba tendo, digamos, alguns problemas com aqueles que, muitas vezes, estão acostumados a ter benesses que a gente tenta enfrentar", disse.
Marcon comentou ainda que já havia recebido outras ameaças por meio de ligações para seu gabinete.
Diante das ameaças, ele conta que já adotou alguns cuidados e cogita a possibilidade de contratar segurança particular, por um período.
"Eu me sinto preocupado. Nem só por mim, mas tenho família. É complicado. Tenho confiança que a polícia vai descobrir quem fez isso", comentou.
Solidariedade
O vereador agradeceu as mensagens recebidas pelas redes sociais e a nota de repúdio do Novo de Caxias.
"O Novo acredita que qualquer discordância deve ser solucionada no campo das ideias e jamais por ameaças contra a vida de políticos ou de qualquer cidadão. O Novo espera que a polícia cumpra seu papel e investigue o caso, este tipo de intimidação não pode ser tolerado de forma alguma", diz a nota.
Questionado se havia recebido manifestação de solidariedade dos colegas durante a sessao desta quinta, Marcon disse que apenas os vereadores Maurício Scalco (Novo), Sandro Fantinel (Patriota), Alexandre Bortoluz (PP), Adriano Bressan (PTB) e Ricardo Daneluz (PDT), se manifestaram em um grupo de WhatsApp.
"Na sessão nada. Tenho certeza que se fosse outra vereadora que tivesse sofrido qualquer tipo de ataque a postura teria sido diferente. Mas tudo certo. A gente está tentando mudar o sistema e é normal que não seja tão benquisto", comentou Marcon.
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