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Maicon Duarte/Divulgação

Após a publicação da matéria em que a vereadora Denise Pessôa (PT), solicitou ao presidente da Câmara Municipal de Caxias do Sul, vereador Velocino Uez (PTB), para que observe o porte de arma de fogo nas dependências da Casa, o vereador Alexandre Bortoluz, o Bortola (PP), ligou para a reportagem e admitiu que anda armado no prédio e também no plenário do Legislativo.

Ele solicitou o porte de arma na Polícia Federal no ano passado, por questão de segurança e defesa pessoal. Em 2020, Bortola foi diretor geral da Secretaria da Segurança Pública e Proteção Social e participava das fiscalizações contra as aglomerações devido a pandemia do coronavírus. Disse ainda que durante o Governo Alceu Barbosa Velho (PDT), ocupou o cargo de coordenador de operações de fiscalização da Secretaria de Urbanismo, e que recebia ameaças por conta do trabalho.

"Não é pela minha segurança dentro da Câmara, Dentro da Câmara é tranqüilo. Mas no deslocamento da minha casa até o trabalho, nos bairros que eu vou. Eu vou em todos os cantos de Caxias do Sul. (...) A gente sabe a atual situação que se encontra a segurança pública no Brasil inteiro", ressaltou.

Bortola disse não há nenhum impedimento no Regimento Interno, mas afirma que desconhecia a proibição do Código de Ética. No entendimento dele, o Estatuto de Desarmamento garante o porte.

"Vou procurar os meus direitos. Não estou ilegal. Estou regular perante uma lei federal (Estatuto do Desarmamento)", disse.

Ele contou que Uez sabia sobre o porte de arma dentro do Legislativo. A partir da cobrança da vereadora disse que vai aguardar uma determinação do presidente da Casa.

"No mês passado, eu sugeri para o presidente colocar a arma dentro de um cofre como é feito no Fórum da Comarca de Caxias do Sul".

O parlamentar preside a Comissão de Segurança Pública e Proteção Social.

Uez não atendeu as ligações da reportagem para comentar a situação.

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