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Bruno Zulian/Divulgação

A Universidade de Caxias do Sul iniciou a implantação do Centro Interprofissional para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CiaTea-UCS). Já a operação está condicionada a disponibilidade dos recursos para efetivação das obras e manutenção dos serviços, além da formalização de parcerias. Na semana passada, o reitor da UCS, Gelson Leonardo Rech, e representantes do UniTEA - Movimento Unidos pelo Autismo, da Prefeitura de Caxias, da Secretaria da Saúde e da Câmara de Vereadores estiveram reunidos.

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O Centro irá contribuir para a ampliação do acesso e para a qualificação da rede de atenção à saúde das pessoas com autismo e suas famílias de Caxias do Sul e da região.

Já aprovado pelo Conselho da FUCS, será gerido pela UCS e terá atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS) e também privados, com a projeção de convênios com operadoras de saúde e parcerias com prefeituras da região. O Centro será instalado na antiga sede da Incubadora Tecnológica, no Travessão Solferino. O espaço passará por obras de adequação às atividades. Os recursos humanos também serão geridos e qualificados pela Universidade.

Inserida no contexto do objetivo mundial de intervenção precoce da pessoa e da família, a ação destaca a multi e interprofissionalidade, propondo integrar ensino e pesquisa. Trabalha-se para o envolvimento de 21 cursos de graduação da UCS nas atividades (entre eles Medicina, Psicologia, Fonoaudiologia, Nutrição, Assistência Social, Educação Física, Fisioterapia, Pedagogia e Medicina Veterinária).

As etapas para o desenvolvimento do projeto já compreenderam, ao longo de 2022, acolhimento ao UniTEA, com atendimento a familiares e integração com a academia e inserção de acadêmicos. A partir de 2023, os grupos de trabalho atuarão com foco na elaboração de um plano de investimento para parceiros, com foco em captação de recursos a serem dedicados à infraestrutura; e de plano de negócio com os parceiros, voltado para a manutenção e o custeio das operações, a partir de um modelo sustentável de governança.

O reitor da UCS afirmou que mais do que uma intenção: a partir de hoje passa a ser um grande projeto.

"Nossa matriz é de uma universidade comunitária. Além de um novo e importante laboratório de ensino, teremos a prestação de serviços em conexão com o setor público e privado", afirmou.

O vice-reitor, professor Asdrubal Falavigna, lembrou que o público do serviço são pessoas que querem ter uma vida de alta qualidade e de desempenho, a partir de um trabalho responsável e permanente.

A vice-prefeita de Caxias, Paula Ioris (PSDB), pontuou que desde que foi tendo mais contato com a questão do autismo, através do UniTEA, evidenciou-se que o serviço deveria ocorrer em uma universidade.

"Tínhamos clareza, como plano de governo, da nossa carência no atendimento da população e o crescimento disso. O Centro nasce em uma universidade, o que faz toda a diferença, porque é um local de estudo, de pesquisa, de ensino, onde tem todas as áreas de formação, é o que a gente precisa”, afirmou.

A co-fundadora e presidente do UniTEA, Raquel Ely, definiu a iniciativa como um grande projeto.

"O serviço é imprescindível hoje para a cidade de Caxias do Sul. Não há mais como a gente postergar esse trabalho conjunto no qual várias instituições, tanto da iniciativa pública como privada, reúnem-se para somar. Para cada uma doar suas competências em prol do atendimento à comunidade autista, que se faz mais do que necessário", pontuou.

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Saúde Mental UCS inicia implantação Centro de Autism Caxias do Sul