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O Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) de Caxias do Sul promoveu uma reunião on-line nesta terça-feira (2), com a participação de cerca de 500 profissionais da rede municipal de educação para debater o retorno às aulas diante do agravamento da pandemia provocada pelo coronavírus.

A diretora de educação, Olga Neri de Campos Lima, apresentou as ações realizadas pela entidade desde o início do ano e, em seguida, leu o ofício encaminhado pelo Sindiserv à Secretaria de Educação e o retorno da pasta. Entre outros questionamentos, o Sindiserv solicitou qual o número de professores com diagnóstico de covid-19. No documento, a Secretaria informou que 35 professores foram infectados com o coronavírus, que apenas 24 escolas responderam a solicitação de notificação dos casos e seis instituições de ensino não tiveram registraram a doença. Os casos foram concentrados em 18 escolas municipais.

Os profissionais relataram a preocupação com o momento grave pelo qual passa o Estado e a cidade, especialmente com o risco que correm em função do retorno presencial nas escolas e o elevado fluxo de pessoas que circulam no ambiente, neste que é o pior momento da pandemia.

"O momento é um dos piores, em que a curva de contágio está em alta, o sistema de saúde não dá conta de atender a quantidade de pessoas contaminadas e as que precisam de UTIs em função da gravidade da doença. Como disse uma professora: “Parece que estão brincando com a vida", observou Olga.

A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, destacou que a assembleia demonstrou a capacidade de mobilização da categoria, com maturidade e referendou a necessidade de manter a luta por testagens, vacinas e que sejam construídas alternativas envolvendo o governo, Sindicato e a comunidade.

"Esperamos que a Smed receba a entidade e os representantes da educação para que, no momento adequado, possamos retornar às nossas atividades presenciais. Porém, é prematuro pensar em aulas presenciais à partir de 15 de março", salienta.

Os professores manifestaram o desejo de retorno às aulas presenciais desde que as condições sanitárias permitam e que as suas vidas, as de seus alunos e da comunidade não seja colocada em risco.

"O momento de retorno ou de presencialidade não é em bandeira preta. Há perdas sim, mas nada pode se comparar a perder a vida", assinala Olga.

A direção do Sindiserv aguarda o posicionamento da Secretaria da Educação para a manutenção do diálogo e para que se façam os encaminhamentos e deliberações debatidas na assembleia. Uma comissão de representantes da categoria foi organizada durante a assembleia.

Aulas presenciais estão previstas para iniciarem dia 15 de março

A Secretaria da Educação mantém a previsão de iniciar as aulas presenciais no dia 15 de março, obedecendo o protocolo segmentado do Governo do Estado.

No domingo, a Justiça suspendeu a realização de aulas presenciais da Educação Infantil e para 1º e 2º anos do Ensino Fundamental nas escolas públicas e privadas do Estado enquanto o protocolo do distanciamento controlado do Governo do Estado estiver vigente na bandeira preta.

A titular da pasta, Sandra Negrini, disse que se a liminar continuar proibindo as aulas presenciais, os estudos monitorados não presenciais e as atividades pedagógicas para a Educação Infantil, da forma maneira que está sendo realizada desde o dia 19 de fevereiro.

"A princípio, a nossa programação é essa (iniciar no dia 15 de março). Contudo, a questão do bandeiramento até não ter tido a liminar que ainda não foi derrubada, a gente iniciaria só com aquilo que é admitido na bandeira preta que é a educação infantil e os primeiros e segundos anos, a presencialidade", comentou Sandra.

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