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Trabalho inédito

Simecs faz levantamento sobre emissão de gases em empresas da Serra

Iniciativa representou para 79% dos participantes o primeiro contato com a elaboração de inventário do efeito estufa

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
18.12.2023 - 15h07min

Janaína Silva/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs) divulgou o resultado do primeiro levantamento sobre descarbonização feito junto às empresas de sua base. O trabalho foi realizado em parceria com o Senai-RS e Sebrae-RS com o objetivo de identificar as emissões dos gases de efeito estufa.

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A sondagem ocorreu por meio de um formulário em que as empresas declararam suas fontes de energia. Participaram 74 indústrias de pequeno, médio e grande porte dos setores automotivo, eletroeletrônico, ferramentaria, metal mecânico, alimentos e bebidas (fornecedores do setor) e empresas de móveis e acessórios (também fornecedores do setor). O levantamento foi iniciado no mês de outubro.

Entre as empresas participantes há indústrias que possuem de 1 a 10 colaboradores até empresas com mais de 2 mil colaboradores.

Para 79% dos participantes, esta iniciativa do Simecs representou o primeiro contato com a elaboração de inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Consequentemente, o entendimento de quais são as fontes de emissões presentes na empresa e a respectiva gestão de dados quantitativos destas fontes ainda não é uma realidade dominante no setor, indicando a relevância desta primeira iniciativa do SIMECS e trazendo uma perspectiva de continuidade para o amadurecimento da gestão de emissões de GEEs.

Entre os dados coletados, constatou-se que as empresas que mais emitem gases de efeito estufa são as empresas com mais de 2 mil colaboradores, com uma emissão média de 17,77 toneladas de CO2 eq, sendo que as empresas de 1 a 10 colaboradores emitem em média apenas 3,27 toneladas de CO2 eq.

O inventário setorial contemplou o escopo 1 e 2 do Programa Brasileiro GHG Protocol, as fontes de emissões de CO2 eq declaradas foram: combustão estacionária, combustão móvel, emissões fugitivas, emissões de processos industriais, emissões de tratamento de efluentes e as emissões associadas ao consumo de energia elétrica.

A categoria de emissões por combustão estacionária apresentou o maior destaque, representando de 59% até 94% das emissões dos grupos de empresas consolidados em função do número de colaboradores, onde o consumo de gás natural e GLP representam as principais fontes.

Para as empresas com até 10 colaboradores as fontes de combustão móvel tiveram maior destaque chegando a 75% das emissões.

Estes dados preliminares já apontam indicativos para direcionamentos em eficiência energética para atuar nas principais fontes de emissões, e como legado principal desta iniciativa o desenvolvimento de uma cultura voltada para gestão das fontes de emissões e descarbonização do setor.

Alinhamento

Para o vice-presidente de Relações Institucionais do Simecs, Ruben Bisi, este é um assunto que deve fazer parte do dia a dia das empresas.

"O destaque internacional que a temática da descarbonização ganhou na COP 28 é um sinal de que estamos muito bem alinhados com as necessidades da indústria. Este é um assunto que diz respeito a todos, mas a indústria precisa estar atenta, tanto pela questão do meio ambiente, quanto pela sustentabilidade dos negócios", afirma.

Bisi salienta que a indústria com processos voltados à redução na emissão de carbono é melhor avaliada nos mercados nacional e internacional, tem ganhos em competitividade e no sistema financeiro e mais facilidades para aquisição de crédito.

O Senai foi o responsável pela ferramenta de análise de dados coletados. Os números são considerados iniciais, mas extremamente importantes para a formação de um primeiro cenário regional. A expectativa é realizar o levantamento periodicamente para constatar a evolução e melhorias obtidas.

Para o analista de serviços técnicos e tecnológicos do Senai-CNTL, na área de Inventários de Gases de Efeito Estufa, Luciano Braga Souto, a iniciativa do Simecs é extremamente relevante porque despertou o interesse de muitas indústrias que até o momento não tinham um plano para iniciar a redução da emissão de carbono.

Já para a Liana Frosi Tessari, gestora de projetos para a indústria, do Sebrae Serra Gaúcha, o relatório vai auxiliar na proposição de ações concretas para a implantação de melhorias.

"Muitas vezes ações mínimas como uma capacitação em eficiência energética, consultorias, ou mesmo capacitações em ESG já são suficientes para conseguir excelentes resultados", salienta.

A partir do estudo, o Simecs propõe uma série de ações para sensibilizar o setor. Entre elas estão fortalecer as parcerias com Sebrae, Senai, instituições de ensino e poder público para tratar do tema; articular junto ao poder público para criar projetos e buscar recursos para auxiliar as empresas no processo de descarbonização; buscar apoio junto às instituições financeiras buscando financiamentos atrativos para implantação de melhorias.

Além disso, o Simecs também deve promover cursos, eventos e consultorias e workshops sobre eficiência energética, entre outras ações.

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