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Servidores municipais aderem à paralisação contra a reforma administrativa, em Caxias

Sindiserv garantiu o atendimento dos serviços essenciais e a recuperação do dia letivo dos estudantes

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
18.08.2021 - 14h26min

Daniela Fagundes/Divulgação
Foto Principal - Notícia

Os servidores públicos municipais protestam nesta quarta-feira (18), contra a reforma administrativa proposta pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e a decisão do governo do prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), em suspender o pagamento da trimestralidade para servidores em 2021.

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Mesmo com a instabilidade do tempo e as pancadas de chuva, os servidores ocuparam o largo do Centro Administrativo, por volta das 10h, para se manifestarem contra a proposta de reforma administrativa, que tem o objetivo de alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios. Dirigentes sindicais e apoioadores subiram no carro de som para manifestações. Os servidores carregavam cartezes, faixas e bandeiras do Sindiserv. O Sindiserv organiza uma nova concentração na Prefeitura para as 15h, e um ato de mobilização na Praça Dante Alighieri, às 17h.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) de Caxias do Sul, até o início da tarde, 79 das 83 escolas da rede municipal não tiveram aulas e houve adesão de servidores de todos os setores da Prefeitura. A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, disse que a paralisação garantiu o atendimento parcial nos setores essenciais como nas Unidades Básicas de Saúde, no Samae e Guarda Municipal. Silvana explicou ainda que as escolas que aderiram à paralisação já informaram a Secretaria da Educação e a comunidade escolar as datas para recuperação do dia letivo.

Silvana ressaltou que o movimento de greve serviu para chamar a atenção da comunidade caxiense para a proposta da reforma administrativa que irá enfraquecer o serviço público.

"Esse movimento está contando com a participação maciça do magistério e com a representação de todos os outros setores. Desde o início do dia até o final da noite sempre tem um servidor público trabalhando para ajudar a comunidade. As pessoas que dizem que não usam o SUS fazem vacina na UBS. No serviço público, todas as pessoas têm o mesmo tratamento, o mesmo atendimento".

Para Silvana, as áreas da saúde e educação serão as mais impactadas com a reforma.

"A reforma permite a terceirização de todos os serviços, e vai reduzir, drasticamente, os recursos repassados aos municípios para o atendimento de saúde. Vai ter menos médicos, menos enfermeiros e menos postos de saúde funcionando. Na educação, o governo vai querer dizer que o 'voucher' (tíquete para os pais matricularem os filhos em escolas particulares) vai resolver. O governo vai dar o auxílio, mas a escolinha vai subir e não vai pagar o valor integral", alerta a presidente de Sindiserv.

A proposta também pretende extinguir a estabilidade do servidor público. A dirigente sindical também alerta para a corrupção.

"Vai ter tratamento diferente para as mesmas situações. O servidor público tem compromisso e regras. Depois da reforma vai ser difícil ter um servidor estável e que denuncie os maus feitos. Hoje, o servidor com estabilidade tem segurança e obrigação de denunciar os problemas", ressaltou, Silvana.

O Sindiserv decidiu na sexta (13), por unanimidade, aderir à Greve do Setor Público – Dia Nacional de Paralisação. A assembleia geral da categoria reuniu mais de 600 servidores.

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