Seminário realizado em Caxias aprova manifesto contra trabalho escravo

Facebook/Laura Sito/Reprodução/Divulgação

As centrais sindicais realizaram nesta sexta-feira (10) o seminário "Trabalho Decente sim, Trabalho Escravo não", na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. O evento foi motivado pelo resgate de 207 trabalhadores, a maioria baianos, flagrados em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves.

Na reunião, foi aprovado um manifesto que será distribuído às autoridades competentes, com o objetivo de que medidas concretas sejam adotadas para combater o atual estado de degradação nas relações de trabalho.

O senador Paulo Paim apresentou dados que mostram o crescimento do trabalho escravo no Brasil. O petista afirma que a cada 10 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão, nove são terceirizados. Paim listou ainda as principais medidas para coibir o trabalho escravo no Brasil, entre elas investimento nos órgãos de fiscalização, fim da terceirização da atividade fim e promover debates sobre o trabalho escravo no Brasil nas escolas.

Na opinião do presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor (PCdoB), o manifesto servirá como guia e instrumento de combate a regressão da reforma trabalhista, que retirou mais de 100 direitos da CLT.

"O documento apresenta propostas concretas, como o aumento da fiscalização, a revogação da terceirização irrestrita e um conjunto de medidas que precisam ser adotadas pelo novo governo, para que a gente possa combater a precarização do trabalho", declarou o dirigente sindical.

O evento contou com a presença das deputadas federais Daiana Santos (PCdoB) e Reginete Bispo (PT), dos deputados estaduais petistas Laura Sito, Miguel Rossetto e Pepe Vargas, além dos vereadores da bancada do PT de Caxias, Estela Balardin, Lucas Caregnato e Rose Frigeri, além de Rafael Bueno (PDT) e Renato Oliveira (PCdoB). Também participaram do encontro o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RS), Francisco Rossal de Araújo, o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul, Rafael Foresti Pego, e o gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Caxias, Vanius Corte.

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