Painel foi comandado pelo chefe da seção de orientação e suporte em tecnologia da informação do TRE-RS, Luis Fernando Schauren
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30.07.2022 - 09h38min
O segundo debate do "Seminário de Combate às Fake News nas eleições 2022: Os desafios no enfrentamento à desinformação", que ocorreu nesta sexta-feira (29), falou sobre a segurança do voto eletrônico. O chefe da seção de orientação e suporte em tecnologia da informação do TRE-RS, Luis Fernando Schauren comandou os trabalhos que foram mediados pelo juiz eleitoral da 16ª Zona Eleitoral, Dr. João Pedro Cavalli Júnior.
Schauren iniciou sua manifestação fazendo um recorte histórico da adesão da urna eletrônica. Ele enfatizou que a Justiça Eleitoral não tinha um controle total da contagem dos votos quando era feito através de papéis. Isso, segundo ele, gerava muitas fraudes e a anulação de votos. A partir disso, foi pensado em uma máquina que eliminasse a interferência humana na apuração dos votos, que preservasse o eleitor e garantisse o voto apenas uma vez. Assim, juntamente com o TSE e demais grupos de tecnologia, foi desenvolvida da urna eletrônica.
Durante a sua palestra, Schauren informou que a fabricação da urna e o desenvolvimento do sistema são feitos no Brasil, sendo o primeiro através de licitação e o segundo dentro do espaço do TSE. Ele pontou ainda, que a urna não pode ser invadida, já que não possui acesso à internet, wi-fi ou bluetooth.
Além desse fato o aparelho apresenta uma série de fatores que permitem e garantem sua segurança. Dentre eles: criptografia de hadware e software; testes internos, identificação biométrica; inspeção de códigos, lacres, testes públicos de segurança; entre outros.
Schauren explicou ainda, como é feito o caminho do voto até a divulgação dos resultados, passando pelo boletim de urna, votação paralela e resumos digitais que evitam alterações. Em seguida, o chefe de seção explicou como é a urna, seus componentes e desenvolvimento de sistemas.
"Depois que a urna está preparada ela adere a um sistema em que a máquina só irá funcionar no dia das eleições. Se eu desligar e ligar ela diversas vezes até o dia da eleição, ela apresentará a mesma mensagem de função e isso mudará, só a partir da impressão da zerésima", afirmou ele.
Durante a atividade, Cavalli Júnior reforçou que o momento atual está apresentando diversas informações incorretas que se misturam com as verdadeiras. Ele pontuou ainda, que desinformação só se combate disseminando informações verídicas e de qualidade.
"Um dos aspectos que mais vem sofrendo com a desinformação, nos últimos tempos, é a questão da segurança do voto eletrônico" afirmou.
Ele lembrou ainda, que a modalidade é utilizada há mais de 25 anos no Brasil. Por fim, o juiz enfatizou que os brasileiros devem ter orgulho da urna eletrônica, já que ela é uma invenção brasileira e que nunca apresentou provas de fraudes.
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