Tartaruga na Pedra se passa na década de 1950 e mistura elementos autobiográficos e ficcionais
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24.11.2021 - 13h25min
Antes de morrer no final de 2020, o médico e ex-vereador de Caxias do Sul, João Carlos Virgili Costa havia escrito o seu primeiro romance, intitulado Tartaruga de Pedra. A obra foi finalizada por Marcelo Costa, editor do livro, filho de Virgili e proponente do projeto aprovado pelo Financiarte. O lançamento ocorrerá na Feira do Livro neste sábado (27), às 18h, nos estandes das livrarias Do Arco da Velha e Maneco. O valor é R$ 30.
A história se passa durante a década de 1950, em uma pequena cidade que faz fronteira entre o Rio Grande do Sul e a Argentina. Nela, uma criança é diagnosticada com um grave problema cardíaco e a única possibilidade de salvação é submeter-se a uma cirurgia em Porto Alegre. A partir disso, o livro narra os conflitos dessa criança que, ao mesmo tempo em que está descobrindo a vida, depara-se com a realidade cruel de uma doença que pode ser fatal.
Além de um testemunho pessoal do autor, que também atuou como cirurgião-pediatra por cerca de 40 anos, Tartaruga de Pedra promete ser uma conversa franca e direcionada a todos, especialmente àqueles que estão passando ou já passaram por uma situação semelhante à da história.
Segundo Marcelo Costa, não se trata de uma obra póstuma, mas de colocar em prática algo que já estava em andamento.
"Meu pai escreveu o livro antes de falecer, tendo participado de todas as etapas de revisão e aprovação. As únicas partes que - certamente a contragosto - ficou impossibilitado de dar sua opinião foram no posfácio e na capa, que só foram escolhidos com o desdobramento do edital para o Financiarte. Se a ausência dele atribui novos sentidos ao personagem, certamente a publicação de Tartaruga de Pedra acrescenta um novo elemento na sua vida", conclui.
Outros detalhes sobre o livro podem ser encontrados no site da produtora indionomade ou pelo e-mail: contato@indionomade.com.br.
Virgili atuou como pediatra e clínico geral por mais de 40 anos em Caxias do Sul. Sempre acreditou na medicina como instrumento de justiça social. Neste período, manteve uma constante atuação política, o que o levou a exercer dois mandatos como vereador. Ele nasceu em 1947 em Itaqui.
O médico morreu aos 73 anos, no final do ano passado, a partir de um quadro agravado pela covid-19.
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