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Giovani Boff/Divulgação

A definição do nome do ex-secretário da Saúde, Júlio Freitas, como candidato a prefeito e Chico Guerra, candidato a vice, pelo Republicanos, parece que não empolgou parte da militância da sigla e do secretariado do ex-prefeito Daniel Guerra para concorrer a uma cadeira na Câmara de Vereadores.

Em abril, Freitas disse ao jornal Pioneiro que o partido estava com a nominata de vereadores praticamente completa. Também tinha confirmado a participação de pelo menos sete ex-secretários na disputa a proporcional e o número poderia chegar a 10.

Porém, a convenção da sigla apresentou apenas 22 candidatos e cinco ex-secretários: Claudir Bittencourt (Habitação), Cristiano de Abreu Soares (Trânsito), Joelmir da Silva Neto (Cultura), Leandro Pavan (Obras) e Mirângela Rossi (Urbanismo). Em Caxias, cada partido pode apresentar uma lista com até 35 candidatos a vereador.

A ex-secretária de Esporte e Lazer do Governo Guerra, Márcia Rohr, é um dos nomes do primeiro escalão da administração passada que era cortejada, mas desistiu de concorrer a vereadora. Segundo ela, um dos motivos foram as críticas recebidas de parte da equipe de ex-secretários e ex-cargos em comissão (CCs) devido a organização de protestos realizados na frente da prefeitura que reivindicava a abertura do comércio, das academias e de empresas da área de serviços.

- Naquele momento eu percebi que a equipe não tem o alinhamento político que eu tenho. Meu alinhamento é com o Daniel Guerra e estou vendo que não é com o resto da equipe.

Uma das apostas do Republicanos para o Legislativo, Márcia comunicou o então presidente da sigla, Júlio Freitas, que estava desistindo da candidatura e encaminhou sua desfiliação do partido no início de agosto.

Por meio da assessoria de imprensa da campanha, Freitas lembrou também que o número poderia oscilar até convenção partidária e que a nominata não estava fechada. Segundo ele, os motivos de ter confirmado cinco ex-secretários como pré-candidatos a vereador são diversos, incluindo razões pessoais e financeiras de cada um que, inicialmente, se predispôs a participar do pleito.

"Há, inclusive, que se considerar a situação imposta pela pandemia do covid-19. As pessoas foram afetadas, no campo pessoal e econômico, precisaram reorganizar suas vidas frente a uma nova realidade. Alguns entenderam que não teriam mais condições e disponibilidade para concorrer", disse o pré-candidato a prefeito.

“Apoio não é automático”

Na sexta-feira (18), o afastamento da ex-secretária do Governo Guerra ficou mais evidente quando publicou em suas redes sociais que pretende acompanhar as propostas dos candidatos do PSL, Renato Toigo e Nilvo Bertolla.

- Vou avaliar por vários motivos esses dois. Eles têm a linha do presidente da República e não vejo outros que tenham em Caxias. A possibilidade para eu apoiar e votar neles é muito grande, mas ainda é cedo.

Questionada se poderia apoiar a chapa formada por Júlio Freitas e Chico Guerra, indicada pelo ex-prefeito Daniel Guerra, Márcia disse:

- Não vou apoiar quem ele (Guerra) vai apoiar. Apoio não é automático. Eu ainda estou avaliando. A equipe era unânime e sempre defendeu a candidatura do Guerra. Quando ele optou pela chapa Júlio e Chico descontentou muita gente e teve secretários que fizeram como diz o D’Alessandro: “pularam da barca” - ressaltou Márcia.

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