Projeto Hospedagem Solidária busca local permanente para acolhimento de moradores de rua

Daniel Corrêa, Divulgação

Lideranças do projeto Hospedagem Solidária e da Prefeitura de Caxias do Sul debateram sobre a possibilidade de o Município ter um lugar permanente para abrigar moradores de rua principalmente a partir da noite até a manhã seguinte. A reunião aconteceu na segunda-feira (12), e teve a participação do prefeito Adiló Didomenico (PSDB), da presidente da FAS, Katiane Boschetti da Silveira, da secretária de Governo, Grégora Fortuna dos Passos (PTB), do vereador Rafael Bueno (PDT) e dos padres Leonardo Pereira e Daniel Zatti.

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O debate girou em torno da busca de local fixo para o abrigo. Os voluntários dizem que sem um espaço físico o projeto fica prejudicado e temem pela continuidade e pela situação dos moradores. Bueno pediu ao prefeito que intercedesse para que haja local adequado para que o círculo da assistência e corrente de solidariedade se complete, passando inclusive pela busca de empregos aos abrigados.

O município conta com três casas de abrigo, onde estão cerca de 140 pessoas, explicou Katiane, mas não nos moldes do Hospedagem Solidária.

Adiló Didomenico disse que o trabalho do grupo é fundamental para ajudar a assistência e que o acolhimento se faz necessário. O prefeito disse que o município vai tentar buscar uma alternativa, ou mais que uma, para que um local seja destinado a esse projeto.

"Queremos encaminhar essas pessoas para que tenham dignidade e buscar uma solução. Sozinha, a pessoa não se levanta, é preciso ajudar", destacou Adiló. 

Neste ano, o projeto que ajuda moradores de rua e pessoas em vulnerabilidade social está na sua quarta edição e ocorre no salão da Igreja Nossa Senhora de Lourdes. O atendimento acontecerá até 4 de setembro. São abrigados até 35 homens no local, onde dormem e fazem refeição à noite e pela manhã, recebem higienização e máscaras novas, além de chinelos de dedos.

O projeto é liderado por Terezinha Mandelli, com apoio de Claodemir Giazzon, que também esteve na reunião. Ela comanda um grupo de voluntários por meio da Pastoral das Pessoas em Situação de Rua.

Segundo dados da Pastoral, cerca de 600 pessoas vivem nas ruas, mas nem todas querem ser acolhidas, em razão de vinculações com desestruturação familiar, distúrbios mentais e envolvimento com drogas e alcoolismo.

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