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Prefeitura e RGE preparam limpeza de fiação em desuso em postes na área central de Caxias do Sul

Ação experimental está marcada para o dia 16 de setembro

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
16.08.2022 - 09h39min

André Tajes/Serra em Pauta
Foto Principal - Notícia

Equipes das secretarias de Obras, Trânsito e Urbanismo de Caxias do Sul atuarão de forma conjunta com funcionários da RGE para a limpeza de fios inoperantes em postes de energia elétrica. A ação experimental está marcada para o dia 16 de setembro, a partir de 8h30min, na Rua Os 18 do Forte, no trecho compreendido entre as ruas Alfredo Chaves e Visconde de Pelotas. A decisão foi anunciada, nesta segunda-feira (15), no encerramento de audiência pública realizada na Câmara de Vereadores por iniciativa da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, presidida pelo parlamentar Gilfredo De Camillis (PSB).

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Por mais de duas horas, secretários municipais, vereadores, representantes de empresas e de entidades, além de populares, debateram sobre a fiação pública, um problema recorrente e que vem sendo tratado em diversos encontros.

De acordo com a secretária de Governo, Grégora Fortuna dos Passos (PTB), que tem representado o Município nas discussões, a partir do resultado da ação haverá uma avaliação dos erros e acertos de forma a definir uma agenda permanente para a continuidade da limpeza dos fios soltos ou emaranhados dos postes.

"É um problema que precisa de solução, quer por questões estéticas, quer por segurança", afirmou.

Em paralelo, a secretária citou a necessidade de intensificar o atendimento das denúncias que chegam da comunidade sobre fios soltos. Também defendeu um trabalho em âmbito federal para mudanças na atual legislação que rege o assunto.

"A lei federal tem uma série de aspectos que dificultam a atuação do poder público municipal e da própria RGE, que cede de forma onerosa o uso dos postes às operadoras de serviços de telecomunicações", citou.

Um dos principais problemas debatidos na audiência é a existência de volume expressivo de material antigo, há anos desativado, mas que segue acoplado aos postes. Por não haver identificação de propriedade, algo permitido na legislação anterior, a retirada destes itens é proibida, até porque alguns ainda atendem clientes.

Para o promotor de Justiça, Adrio Gelatti, as operadoras de telefonia detentoras deste material devem ser notificadas para saber se a tecnologia incorporada ainda é usada. Caso esteja em desuso, Gelatti entende ser possível a notificação para que as empresas retirem os equipamentos. Ele reforçou que é preciso reorganizar o sistema de fiação, mas reconheceu que não será tarefa fácil.

O promotor avaliza como correta ação de notificação de todas as operadoras quanto à necessidade de respeito à altura mínima dos fios em relação ao solo, como determinado em norma técnica de 2012 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A norma, de acordo com o secretário de Trânsito, Alfonso Willembring Jr, estabelece altura mínima de 5 metros, considerando que a legislação de trânsito autoriza caminhões com até 4 metros de carga.

"Temos situações na cidade em que a altura dos fios é de 3,80 metros. É uma situação preocupante", apontou.

O representante da RGE, Rafael Dalla Brida, assinalou que a empresa é parceira das iniciativas voltadas à limpeza da fiação nos postes, lembrando que existe um número expressivo de operadoras que faz o uso sem contrato legal. Informou que, em 2021, a RGE trocou 1,8 mil postes e, para este ano, a projeção é de 2,5 mil. Assegurou que o valor cobrado das operadoras tem como objetivo a modicidade da tarifa.

O secretário do Urbanismo, João Uez, estima que 10% dos fios existentes sejam clandestinos. Os legais, como regra, são identificados por placas. Mas sustentou que a Prefeitura não tem autonomia para retirada dos fios, cabendo-lhe notificar a situação à RGE.

Ex-presidente da InternetSul (Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet), Ivonei Lopes, afirmou que a fiação em postes é um desafio para todos os atores participantes, entendendo que se cada um fizer a sua parte a resposta será positiva. Destacou ser necessário organizar o direito de passagem e a justiça de preços, pois os pequenos provedores pagam valores superiores às grandes operadoras do sistema. Também criticou a concorrência na ocupação dos espaços por parte das maiores empresas, que buscam ter exclusividade de uso.

O empresário do ramo, Fabiano Vergani, destacou movimento nacional que visa à criação de uma gestora de postes e de zeladorias para cada 500 mil unidades. Definiu o tema como sensível e caótico, destacando que no Rio Grande do Sul são mais de 500 empresas de pequeno porte em operação, das quais 165 associadas à InternetSul.

"É preciso reconhecer que o problema é nacional, mas Caxias do Sul precisa de uma ação emergencial de limpeza", sustentou.

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