Prefeitura de Caxias autoriza 190 famílias a voltarem para casa em Galópolis

André Tajes/Divulgação

Os técnicos e secretários municipais que participam do Gabinete de Crise da Prefeitura de Caxias do Sul se reuniram com a comunidade de Galópolis, no final da tarde deste sábado (18), na Igreja Matriz. Na ocasião, foi explicada toda a situação das encostas e 190 famílias foram liberadas para voltar pra suas casas.

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Mais da metade dos moradores estava fora de suas casas, isto é, cerca de 260 famílias, a maioria abrigadas em casa de família e amigos. No total, 70 casas seguem interditadas, por tempo indeterminado.

Ainda não estão liberados pra voltar os moradores das ruas José Comerlato e José Casa, que seguem totalmente bloqueadas, pois o solo não tem estabilidade, tem bastante eucaliptos caídos na encosta e materiais pendurados causando ainda preocupação. Também segue interditada a área do Sindgal e duas casas no fundo e estacionamento do moinho, à direita da BR-116. E ainda duas áreas nas ruas Faustino Tissot e Batista Tissot, com risco iminente de ruptura.

Desde o início das chuvas fortes no Estado, em 30 de abril, o distrito mais atingido no desastre. Foram registradas sete mortes e uma pessoa ainda segue desaparecida.

Avaliação segue

O grupo de geógrafos do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), acompanhados pelos geólogos da Secretaria do Meio Ambiente (Semma) avaliaram que não há necessidade de novas evacuações em Galópolis.

O geólogo e diretor de Gestão Ambiental da Semma, Caio Torques, resumiu a situação na área após esta primeira etapa dos trabalhos de avaliação dos riscos das encostas de Galópolis.

"Nas outras áreas, não tem novas fissuras e novos escorregamentos, mas ainda é de risco de deslizamentos. O material se manteve estável, sem evolução nos últimos dias. Atrás do sindicato, à direita da BR-116, onde houve o deslizamento atingindo o cartório ainda fica interditado até que se faça a contenção do talude (o proprietário dos terrenos será notificado pra fazer a contenção)", explica Torques.

A partir de segunda-feira, a equipe carioca fará o mapeamento da área onde houve deslizamento.

"É o trabalho de risco residual, que é a avaliação após os deslizamentos caso ainda tenha algum movimento posterior a isso e se ainda há risco para as famílias", informa o diretor.

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