Decisão de Alexandre de Moraes atende solicitação da Procuradoria-Geral da República
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30.07.2024 - 08h36min
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para investigar o prefeito de Farroupilha, Fabiano Feltrin (PL), por incitação ao crime após sugerir que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, fosse colocado na guilhotina. A solicitação foi autorizada por Moraes na noite desta segunda-feira (29).
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A manifestação de Feltrin ocorreu na quinta-feira (25), durante a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um complexo turístico, no interior de Farroupilha.
Na ocasião, Feltrin foi questionado pelo deputado estadual Gustavo Victorino (Republicanos) sobre uma estátua em homenagem ao ministro Alexandre de Moraes. Ao responder, o chefe do Executivo municipal sugeriu a execução.
"Aqui não tem isso. A homenagem para ele eu vou mostrar aqui. É só botar aqui na guilhotina. Está aqui a homenagem para ele", afirmou Feltrin, mostrando equipamento de madeira que era usado para tortura.
Moraes autorizou a abertura de uma investigação pela Polícia Federal (PF) contra o prefeito de Farroupilha, e apresente um relatório detalhado no prazo de 60 dias, especificando todas as medidas adotadas durante o processo investigativo.
A PF deve coletar depoimentos de todas as partes envolvidas, incluindo testemunhas, e analisar as provas, como o vídeo da transmissão ao vivo e outros registros.
Em nota, Feltrin afirmou que fez “uma brincadeira” e reiterou “pedido de desculpas”. Confira abaixo o texto na íntegra.
"Hoje (quinta-feira, dia 25), num evento político, quando perguntado fiz uma brincadeira envolvendo o nome do ministro Alexandre de Moraes. Embora eu seja de fato um crítico de sua atuação como magistrado, é inadequada qualquer alusão a atos de violência. Alusão semelhante já foi usada em outro momento pelo próprio ministro, mas isso não exime o equívoco ao qual reitero meu pedido de desculpas. A fala, portanto, não refletiu nenhuma vontade pessoal ou qualquer espécie de incitação. Minha trajetória mostra que sempre respeitei as pessoas e as instituições – e assim quero prosseguir".
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