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Prefeito de Caxias do Sul demonstra preocupação com paralisação dos servidores

Adiló Didomenico sinaliza com proposta de pagamento da reposição da inflação em janeiro de 2023

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
15.08.2022 - 09h59min

Facebook Adiló Didomenico/Reprodução/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), publicou na noite deste domingo (14), um vídeo nas redes sociais manifestando preocupação com a paralisação dos servidores municipais. O ato foi decidido durante assembleia do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), e será realizado nesta quinta (18).

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Segundo Adiló, a administração municipal já atendeu "várias" pautas reivindicadas pela categoria, mas anunciou que não tem condições financeiras de atender o pagamento da trimestralidade. O prefeito sinaliza com a proposta de pagamento da reposição da inflação em janeiro de 2023.

"Estamos buscando formas de aumentar a receita do Município sem aumentar impostos para que a gente possa viabilizar a reposição da inflação em janeiro de 2023. Queremos que o servidor público ele tenha o seu poder de compra preservado", disse o chefe do Executivo municipal atribuindo a paralisação a um envolvimento político.

No vídeo, Adiló também lembrou dos últimos pagamentos da trimestralidade, admite o desgaste político, disse que aguarda propostas do Sindiserv para juntos solucionarem o déficit de R$ 6,5 bilhões do Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (Faps), e ainda reconhece que o problema não é culpa do funcionalismo.

Confira a manifestação de Adiló

"Quero tratar de um assunto que nos preocupa muito por que o Sindiserv anunciou uma greve para o dia 18. Nos causa muita estranheza e muita preocupação. Nos dá a conotação de ter por trás disso algum envolvimento político, por que nós estamos negociando. Não encerremos (a negociação) em nenhum momento. Várias pautas já foram atendidas do pleito do Sindicato, porém evidentemente a trimestralidade nós não temos condições financeiras nesse momento de repassar para o servidor.

Em 2020, em plena pandemia o governo (do prefeito Flávio) Cassina veio pagando o aumento a cada três meses. A última parcela pagamos em janeiro de 2021. Agora em janeiro de 2022 a gente repôs a inflação de 10,06%.

Estamos buscando formas de aumentar a receita do Município sem aumenta impostos para que a gente possa viabilizar a reposição da inflação em janeiro de 2023. Queremos que o servidor público tenha o seu poder de compra preservado.

Precisamos juntos encontrar uma solução para esse fundo de aposentadoria que foi criado em 2001, e que ao longo desses anos possivelmente os governos que se sucederam identificaram o problema, mas não foram tomadas soluções para resolver.

Estamos dispostos junto com o Sindicato, de forma transparente, com os servidores buscarmos uma solução para isso. Entendo e reconheço que o servidor não tem culpa desse problema, mas ele poderá ser uma vítima se não enfrentarmos com seriedade e com todo desgaste político que poderá ocorrer, mas precisamos resolver sob pena de inviabilizar o Município.

Também tenho ouvido dizer que o Município está trabalhando como se todos os servidores fossem que aposentar hoje. É uma lei federal e temos que cumprir. Temos 35 anos para depositar o passivo atuarial de R$ 6,5 bilhões.

No ano passado foram R$ 244 milhões, esse ano mais R$ 244 milhões e o ano que vem deve ser algo superior a R$ 350 milhões. Portanto, a nossa disposição continua. Estamos aguardando inclusive propostas do Sindiserv para que nos ajude a construir e encontrar uma solução em conjunto. É isso que nós queremos.

Nos preocupa e estranhamos muito esse movimento de paralização dia 18, especialmente das nossas escolas que as crianças tiveram prejuízos tão grande no seu aprendizado durante a pandemia, que não é culpa do professor. Foi o modelo de aula on-line que não deu resultado.

A pesquisa censitária que realizamos e que tomamos providência já durante as férias de recuperação desses alunos, contratamos professores de neuropsicologia, liberamos horas-extras para as 83 escolas recuperar. (...) A educação é uma área que nós investimos como nunca investiram em Caxias do Sul.

Vamos encontrar juntos uma solução para esse grave problema que não pode mais ser empurrado para a frente. Precisamos resolver sob pena de inviabilizar (financeiramente) o Município de Caxias do Sul".

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