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Executivo

Prefeito de Caxias avalia primeiro ano de mandato

Para Adiló Didomenico, governo foi

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
20.12.2021 - 20h51min

André Tajes/Serra em Pauta
Foto Principal - Notícia

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), apresentou na tarde desta segunda-feira (20), as principais ações do seu primeiro ano de governo. A entrevista coletiva aconteceu no salão nobre do Centro Administrativo com a presença da vice-prefeita, Paula Ioris (PSDB).

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Apesar de listar por cerca de uma hora os resultados do período, Adiló elegeu como "a maior obra do governo" ter apaziguado as relações do Executivo com os outros poderes, em uma referência aos conflitos criados na gestão do ex-prefeito Daniel Guerra (sem partido). Ele também avaliou o primeiro ano de sua gestão como "muito produtivo".

O chefe do Executivo municipal ressaltou os investimentos nas áreas da educação como a compra de computadores portáteis para os estudantes e escolas no valor de R$ 13 milhões, a licitação de uniformes escolares para os alunos do Ensino Fundamental num investimento de R$ 9 milhões e a compra de quase 4 mil vagas para educação infantil, de zero a três anos.

Na área de infraestrutura, Adiló comemorou a contratação e autorização de início do projeto executivo do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha, em Vila Oliva, e a conquista de R$ 4 milhões, do Governo do Estado, para o projeto de requalificação do acesso ao Desvio Rizzo. Segundo ele, o Município buscará mais R$ 19 milhões por meio de financiamento para execução das obras, com início programado para o segundo semestre de 2022.

Na saúde, o governo Adiló encaminhou o processo de licitação para a construção da nova Unidade Básica de Saúde (UBS) de Ana Rech, e descentralizou o acesso a Farmácia Básica Central para as Ubss do Cruzeiro, Esplanada e Fátima Alta.

Na coletiva de imprensa, Adiló foi questionado sobre temas polêmicos como a revisão da tarifa do transporte coletivo para o ano que vem, a crise econômica da Codeca, o Caso Magnabosco e o andamento para a ocupação da Maesa.

Também participaram da apresentação os secretários de Governo, Grégora Fortuna dos Passos (PTB) e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego, Élvio Gianni (PSDB), além dos filhos de Adiló, Diego e Cíntia.

Confira os principais trechos da coletiva.

Caso Magnabosco
"Continuamos lutando. Contratamos um escritório do Paraná (por R$ 250 mil) e vamos fazer a nossa parte. Precisamos resolver essa pendenga. Nada contra os procuradores da família (Magnabosco) que estão no legítimo direito, só que esse valor o Município não tem condições de pagar. Precisamos enfrentar algumas anomalias que existem como juros e correção monetária aplicada sobre o valor calculado em 2011, aplicado juros e correção monetária desde 1983 quando começou a ação e os honorários advocatícios que a lei faculta até 5% e está estipulado em 15%. Vencido isso, ainda vai ficar um valor bastante grande para o Município, mas nem comparado com os mais de R$ 900 milhões."

Maesa
"Temos até o final de 2022 para apresentar o projeto (de ocupação) e poder fazer transações como PPP e concessões para termos um projeto sustentável para a Maesa. Temos um levantamento feito pelos nossos técnicos dos problemas de telhado da Maesa. Estamos com um projeto bem encaminhado para entrar com uma licitação. E teve a apresentação de mais uma etapa do escritório Vazquez, que venceu a licitação, entregou para o Compach e apresentou para a Comissão as indicações em que sugere ser suprimido, onde tem estrutura para construção." Paula Ioris, vice-prefeita.

Codeca
"Na Codeca, nós nomeamos uma comissão formada pela Grégora, Élvio, João Uez, Meletti, Cristiano e vai se juntar o Milton Balbinotti, que foi diretor financeiro muitos anos. A Codeca tem solução desde que o sindicato e os servidores se deem conta que a situação é muito grave. Nós resolvemos abrir todos os números para o sindicato por que não é possível que a gente vá perder uma empresa por que alguém não quer ceder um pouco. Estamos dispostos a fazer todo o sacrifício possível. Essa empresa é estratégica para o Município e eu vejo viabilidade nela."

"A situação da Codeca é dramática. Se não for feita uma reengenharia e todo mundo ceder um pouco, nós Município ver o que podemos fazer para ajudar ela, sindicato e principalmente, os trabalhadores, ela precisa sofrer uma reengenharia. Esse empréstimo foi feito para não permitir um colapso na cidade. Se não pegássemos o 13º (salário) tu imagina quem trabalhou o ano inteiro. Não podemos botar a culpa no servidor. Não temos um culpado. A Codeca ao longo dos anos foi mal gerida e gerou um prejuízo absurdo, R$ 30 e tantos milhões de prejuízo e uma desorganização interna muito grande. Nenhuma empresa privada estaria aberta e funcionando na situação em que a Codeca está. Ela vai exigir de nós um esforço muito grande mas a gente está disposto a enfrentar com serenidade e com calma. Está todo mundo querendo salva a Codeca mas precisa ações práticas, precisa de revisão de questões operacionais, de política salarial, sem que a gente abandone a ideia de salvar os 1 mil postos de trabalho. Não vejo necessidade (de mais aporte de recurso). Com esse empréstimo (de R$ 7 milhões) e os R$ 4 milhões que foi passado para fazer o plano de demissão voluntária, a aquisição de contêineres e de alguns equipamentos."

Tarifa transporte coletivo
"A gente vai mandar um projeto para a Câmara de Vereadores de novo. Precisa buscar alguma possibilidade de subsídio, e subsídio não é dar dinheiro para a empresa. Em nenhum momento, essa é uma bobagem que as pessoas falam nas redes sociais, demos dinheiro para a Visate. Nós pagamos uma parte do prejuízo que estava previsto no contrato. Tem também  um valor que ainda não se chegou a um denominador comum do ano passado que a empresa pede R$ 22 milhões e não temos um cálculo para fazer um contraproposta. Do nosso período, eles pediram R$ 8 milhões e os cálculos dos nossos técnicos chegaram a R$ 4,7 milhões e a gente indenizou R$ 4 milhões para não parar o transporte por que é um valor incontroverso da nossa parte e deles e vamos discutir o restante. Esse subsídio que nós queremos é para bancar a gratuidades, pode ser repasse do dinheiro do estacionamento rotativo que pretendemos ampliar, pode ser aumentado a idade dos ônibus, tem uma série de medidas que podem ser feitas. Nosso objetivo é tentar não reajustar a passagem. O ônibus está recuperando o movimento, já está na casa dos 100 mil passageiros, tinha caído para 25 mil, 30 mil, com 120 mil (passageiros) é o ponto de equilíbrio. A gente vai fazer de tudo para não aumentar. Hoje, os R$ 3,50 esquece. Vamos fazer um esforço para manter a passagem (em R$ 4,75)."

Experiência na gestão

"A única coisa que não estou satisfeito é não poder estar no meio do povo, nos bairros, nem que seja para levar puxão de orelha. A melhor coisa que a gente pode fazer é estar junto com as pessoas para sentir as dores e as dificuldades. No próximo ano, vamos implementar isso. A Paula tem me ajudado muito, a gente tem se completado, tem discutido, e cada um sai para um lado fazendo a sua parte com autonomia. Os secretários têm autonomia e isso tem nos dado uma condição muito boa de superar as dificuldades. Foi um ano extremamente difícil mas a gente produziu muito."

Demandas da população
"O que mais sou cobrado é que não visito mais eles com a frequência que visitava antes. Os pedidos são muito poucos. O pessoal tem consciência de que tu não consegue fazer tudo. O pessoal está muito satisfeito de chegar aqui e não precisar de senha para entrar. O Valdir Walter, presidente da UAB, não precisa marcar, e fala conosco a hora que precisa. E outra, nós trabalhamos com muita transparência."

Futura presidente da Câmara, vereadora Denise Pessôa
"Vamos encaminhar os projetos como sempre encaminhamos. Eu tenho certeza que a experiência da vereadora Denise e com a maturidade política que demonstrou ao longo dos anos ela vai cumprir um bom mandato. Pode ter certeza."

Avaliação
"Surpreendente o tanto que produzimos. A gente se surpreendeu ao final do ano do quanto conseguimos produzir. O principal é a tranquilidade e a calma que a cidade vive hoje em todos os segmentos. Todo mundo tem liberdade de expressão, a gente aceita as críticas como momento de reflexão e de revisão de alguns processos. Respeitamos o direito das pessoas se manifestarem. Foi muito produtivo. A gente produziu muito. A Paula tem sido uma parceira extraordinária e o Legislativo tem sido muito compreensível nas questões dos interesses de Caxias".

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