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Luca Roth/Divulgação

A diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Helen Machado, apresentou nesta segunda-feira (3), durante reunião da Frente Parlamentar de acompanhamento da empresa da Câmara Municipal, o plano de gestão com metas e prazos para os próximos quatro anos.

Na oportunidade, também mostrou um resumo do balancete financeiro com o resultado do déficit de quase R$ 30 milhões, acumulado nos cinco últimos anos. Ela afirmou que a meta é zerar o déficit da empresa em quatro anos.

"Precisamos de um choque de gestão na Codeca", disse a presidente.

Helen mostrou uma série de ações já realizadas para reduzir o prejuízo financeiro da Codeca. O exemplo mais gritante é a redução de 87% de horas extras nos quatro primeiros meses do ano. Em janeiro foram pagos R$ 103,8 mil e em abril R$ 18,5 mil. No ano passado, no governo do ex-prefeito Flávio Cassina (PTB), foram pagos R$ 895,8 mil em horas extras e a previsão para este ano é de R$ 398,2 mil. A estimativa de redução é de R$ 497,5 mil. Segundo ela, a alternativa encontrada para essa redução foi estabelecer que todas as horas extras sejam autorizadas pela presidente.

Segundo Helen, o plano de gestão vai promover mudanças estruturais e que será necessário mudar a forma de trabalhar dentro da companhia.

"Não existe mágica", frisou.

A presidente comentou que entre os funcionários existe a crença que a Prefeitura pode "salvar" a Codeca com um aporte de recursos. Ela praticamente afastou essa possibilidade ao comentar o déficit do Executivo.

"Estamos vivendo uma operação de guerra. A situação da empresa é uma situação difícil. As pessoas ainda continuam com a crença que vai ser salva. A Prefeitura hoje, não tem como aportar recursos por que a Prefeitura também está numa situação deficitária", comentou a presidente.

Após a apresentação, os parlamentares que integram a Frente tiveram a oportunidade de fazer os seus questionamentos à direção da Codeca.

Sessão

Na sessão da Câmara desta terça (4), o vereador Maurício Marcon (Novo), que defende a privatização da Codeca, disse que dará um "voto de confiança" à presidente da Codeca, diante do modelo de gestão apresentado durante a reunião da Frente Parlamentar.

"A gente pode exigir que tenha uma gestão de qualidade e profissional dentro de uma empresa pública. A gente vai dar esse apoio para ela (presidente da Codeca). Em um eventual governo do Novo, em 2024, por exemplo, com certeza a privatização da Codeca vai estar no radar e vai acontecer. Não mudei minha opinião. Diante da situação, a gente ficou feliz e satisfeito com o que a Helen nos apresentou", disse Marcon.

Perguntas

Maurício Scalco (Novo) – Qual a possibilidade de haver uma separação da empresa, sendo que uma parte cuidaria das obras e a outra, especificamente, do recolhimento do lixo?

Helen Machado – Vamos implantar um processo de análise para saber o quanto estamos fora e quanto estamos acima da (tabela) Sinape (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Precisamos separar a Codeca em duas unidades de negócios: a limpeza urbana e a construção civil. Precisamos olhar esses negócios de forma isolada.

Lucas Caregnato (PT) – Quanto representa os gastos com cargos em comissão e funções gratificadas?

Helen Machado – Hoje, nós temos 10 CCs na estrutura e 1,2 mil funcionários. E ninguém ganha mais do que um salário médio de R$ 8 mil. Isso realmente não é o problema da empresa. O problema é ter um CC que não trabalha.

José Dambrós (PSB) – Estão realizando a revisão dos contratos entre a Codeca e as secretarias? Informou que apresentará um Projeto de Lei no Legislativo, em relação à pavimentação asfáltica comunitária.

Helen Machado – Com relação a revisão dos contratos ainda não chegamos nesta etapa. É algo que vai ser feito. Não temos como fazer todas as coisas ao mesmo tempo. Estamos definindo algumas prioridade. A prioridade (das obras da prefeitura) vai ser para a Codeca.

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