Últimas notícias de Caxias do Sul

Logotipo - Polícia Civil indicia vereador de Caxias do Sul pelo crime de racismo | Notícia | Serra em Pauta
Logotipo - Polícia Civil indicia vereador de Caxias do Sul pelo crime de racismo | Notícia | Serra em Pauta
Siga nossas redes sociais Icone-x-twitter

Inquérito concluído

Polícia Civil indicia vereador de Caxias do Sul pelo crime de racismo

Defesa de Sandro Fantinel diz que 'trabalhará incessantemente na mitigação dos efeitos do indiciamento'

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
14.03.2023 - 09h27min

Polícia Civil/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, apresentou, nesta segunda-feira (13), o resultado do inquérito sobre o caso do vereador de Caxias do Sul, Sandro Fantinel (sem partido) investigado pelo crime de racismo contra trabalhadores baianos. O parlamentar foi indiciado pelo crime de racismo, com pena prevista de 2 a 5 anos de prisão, crime inafiançável e imprescritível. O inquérito foi remetido hoje ao Judiciário.

banner-cetec-serraempauta.png

A apresentação sobre a investigação foi feita em coletiva de imprensa, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, com as presenças do Chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré; do diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Nedson Ramos de Oliveira; do delegado regional da 8ª Delegacia de Polícia Regional do Interior, delegado Augusto Cavalheiro Neto; e do delegado Rafael Keller, da 1ª DP de Caxias.

O procedimento investigativo foi instaurado pela Polícia Civil em 1º de março, dia seguinte às falas discriminatórias proferidas pelo parlamentar na tribuna da Câmara de Vereadores de Caxias. Na ocasião, o vereador se referiu de maneira preconceituosa aos nordestinos ao mencionar a situação de trabalhadores baianos resgatados em trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves.

Segundo Keller, que responde interinamente pela 1ª DP de Caxias e foi o responsável por conduzir as apurações, a investigação se pautou por uma análise objetiva dos fatos, concluindo pelos indícios de autoria e materialidade na conduta de Fantinel. Houve o entendimento de que em sua fala o parlamentar discriminou pessoas em razão de sua procedência nacional. Além do vereador, também foram ouvidas duas testemunhas que presenciaram o fato, bem como a análise das imagens do ocorrido.

O Chefe de Polícia enfatizou a existência de uma Delegacia de Polícia de Combate aos Crimes de Intolerância, em Porto Alegre, a qual teria atribuição para apurar este fato. No entanto, optou-se por manter as investigações a cargo da 1ª Delegacia de Polícia de Caxias.

"A Polícia Civil não tem dúvidas de que o fato ocorreu e foi devidamente apurado pela 1ª DP de Caxias do Sul, sendo importante não apenas divulgar o resultado do inquérito e o consequente indiciamento do vereador, mas também contribuir para uma mudança de mentalidade da população, para que as pessoas entendam que estas posturas discriminatórias devem ser superadas por todos enquanto sociedade", enfatizou Sodré.

Contraponto

"A defesa do Vereador Sandro Fantinel, composta pelos advogados Vinícius de Figueiredo e Rodrigo de Oliveira Vieira, tomou conhecimento, na tarde de ontem (segunda-feira, 13), do indiciamento feito pela Polícia Civil. Em seu depoimento, o Vereador demonstrou profundo arrependimento, admitindo que se excedeu na fala. O crime é considerado de médio potencial ofensivo e a defesa trabalhará incessantemente na mitigação dos efeitos do indiciamento, buscando, no caso concreto, a aplicação de medidas despenalizadoras, as quais são indicadas para essas situações".

Leia mais:
Coletivo reúne mulheres para combater desigualdade de gênero em Flores da Cunha
Abraço simbólico defende modelo de ocupação original da Maesa, em Caxias
'Só existe uma proposta de fato', diz Adiló sobre ocupação da Maesa, em Caxias
Go Image celebra 10 anos com faturamento de R$ 15 milhões
Inaugurado o restauro do Campanário da Igreja de Lourdes, de Flores

Tags:

Inquérito concluído Polícia Civil indicia vereador Caxias do Sul Sandro Fantinel crime racismo