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Impacto das enchentes

"Pior do que a pandemia do ponto de vista econômico", afirma vice-governador do RS

Na CIC de Caxias do Sul, Gabriel Souza reiterou que o Estado precisa da ajuda do Governo Federal

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
02.07.2024 - 11h55min

Júlio Soares/Objetiva/Divulgação
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Com o orçamento estadual pressionado por restrições financeiras e regras fiscais, o vice-governador gaúcho clamou por ajuda federal e à solidariedade federativa para a reconstrução do Estado abalado pelo que chamou de "maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul". Gabriel Souza foi o convidado da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) para ocupar o palco da RA CIC como palestrante desta segunda-feira, dia 1º de julho.

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De acordo com o vice-governador, a arrecadação do ICMS projetada antes das enchentes era de R$ 6,74 bilhões para o período entre os dias 1º de maio e 18 de junho. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 5,16 bilhões, uma queda de 23,4%.

"É pior do que a pandemia (do covid 19) do ponto de vista econômico", enfatizou Souza, citando como exemplo a destruição de ativos como máquinas, prédios, escritórios, além de estradas e pontes.

Na pandemia, lembrou, após o fim das medidas sanitárias, foi possível rapidamente retomar a atividade econômica.

"Estima-se que as enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul se configurem como um dos eventos de maior dano e prejuízo econômico do Século XXI".

E alertou que somente o fechamento do Aeroporto Salgado Filho até dezembro pode resultar em um impacto entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3,2 bilhões no PIB do Estado.

O vice-governador reiterou que, em razão dos danos econômicos, o Rio Grande do Sul precisa da ajuda do Governo Federal.

"Posso estar enganado, mas a minha impressão é que muitas autoridades federais ainda não entenderam o que aconteceu no Rio Grande do Sul e, pior do que isso, quanto mais o tempo passa, menor é o grau da comoção", disse o vice-governador, acrescentando que os recursos de socorro às empresas são insuficientes e o acesso ao crédito é cheio de regras e restritivo.

Souza entende que o momento exige ações enérgicas do Governo Federal a fim de que o Estado possa rapidamente ter os recursos necessários para a reverter a curva das perdas.

"Uma resposta ágil e efetiva pode significar perdas três vezes menores e recuperação um ano mais rápido", argumentou.

O vice-governador também explanou sobre os projetos estruturantes do Plano Rio Grande, criado para acelerar e organizar os processos de reconstrução do Rio Grando do Sul. A iniciativa atuará em três frentes: ações emergenciais; ações de reconstrução; e Rio Grande do Sul do futuro. Esse último envolve ações de longo prazo, voltadas, por exemplo, ao fortalecimento das atividades produtivas gaúchas.

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