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Luan Hagge/Câmara de Caxias/Divulgação

Os vereadores votaram o pedido de cassação do prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), durante a sessão realizada na manhã desta quinta-feira (25). Por 20 votos favoráveis, a denúncia foi rejeitada e arquivada. Os vereadores Rose Frigeri (PT) e Velocino Uez (PTB) estavam em representação e não votaram.

O pedido de cassação foi protocolado na terça (23) pelos eleitores Jeferson Mateus Cavalheiro de Moraes e Rosângela de Paula e Silva. A denúncia apontava crime de responsabilidade contra o chefe do Executivo municipal devido a suposta negligência no atendimento de um morador da cidade em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central.

Na manhã de segunda (22), o paciente teria apresentado um quadro de convulsão próximo a entrada da UPA. Ele teve o atendimento negado pela UPA e foi socorrido por populares. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou os primeiros socorros e o paciente foi encaminhado à UPA.

Após a leitura da denúncia, houve também a leitura do parecer da Assessoria Jurídica da Câmara, que concluiu que "a denúncia não preenche os requisitos mínimos para sua admissibilidade".

O documento diz ainda que os autores da denúncia não apresentam documentos ou sustentam de que forma Adiló teria participado do ato qualificado como negligente, e nem indica qual teria sido a infração político-administrativa que justificaria a cassação do seu mandato.

Apenas os vereadores Lucas Caregnato (PT), Rafael Bueno (PDT) e Estela Balardin (PT) se manifestaram durante o espaço de declaração de voto. Caregnato criticou o uso político dos pedidos de cassação.

"Eu defendo que governo que é ineficiente seja derrotado nas urnas. Na democracia é assim. Eu não defendo atalho, eu não defendo golpe. Eu não faço da Câmara (o programa) BBB, como alguns aqui querem fazer. Eu me solidarizo com as mães e pais que sofrem pelos problemas da saúde. Prefeito corrupto, prefeito que pratica ilegalidade, e vereador da mesma forma, deve passar por processo de impeachment e ser cassado. E será com o meu voto. Não coadunaremos com atalho da democracia e com discurso e prática golpista", disse o petista.

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