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A participação na 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) - COP 28, em Dubai, colocou Caxias do Sul no radar de grandes investidores, que buscam oportunidades com base na sustentabilidade, e trará retornos a médio e longo prazo ao Município. A avaliação é do prefeito Adiló Didomenico (PSDB), que participou do evento entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro, ao lado do diretor da Secretaria do Meio Ambiente, Daniel Caravantes. Todas as despesas foram pagas pelos organizadores.

Entre os projetos em discussão, Adiló tratou com a Comissão Andina de Fomento (CAF) sobre a possibilidade de investir em mobilidade elétrica. Diante da urgência em reduzir a emissão de gases, há possibilidade de captar recursos a fundo perdido para o transporte coletivo. Caxias tem histórico de boas relações com a CAF, que financia grande parte do programa de asfaltamento de estradas no interior.

Adiló e Caravantes também reuniram-se com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça. Em pauta, o desassoreamento de rios, para prevenir enchentes. Trata-se da remoção de areia, lodo e outros sedimentos, causados por ações humanas ou pelo desbarrancamento de terra decorrentes de fenômenos naturais.

A agenda incluiu conversas com o líder em Mudanças Climáticas do WWF-Brasil, Alexandre Prado; a secretária Executiva do Observatório do Código Florestal, Roberta del Giudice; e representantes da Natura, empresa reconhecida pela atuação em projetos sustentáveis.

Motivo do convite para a participação na COP 28, o Plano Municipal da Mata Atlântica (PMMA) chamou a atenção de investidores e jornalistas. Adiló apresentou a iniciativa em um painel organizado pelo Governo do Estado, no último domingo (3), e concedeu entrevistas à diretora de Comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica, Afra Balazina, e à jornalista Daniela Chiaretti, repórter especial do Valor Econômico desde 2005.

Um dos pontos marcantes da COP 28 foi o protagonismo dos municípios. Prefeitos de diferentes partes do mundo participaram de agendas em conjunto, a fim de incentivar a troca de experiências.

"Conhecemos projetos muito interessantes de prefeituras do Estado de São Paulo e que podem ser adaptados a Caxias", descreve Caravantes.

"Ninguém melhor do que o gestor local para lidar com os efeitos do aquecimento global e encontrar as soluções adequadas à sua realidade. Estreitamos laços com vários organismos privados, líderes políticos e ministros. A preocupação ambiental é reinante em todo o mundo e também pode representar a oportunidade de investimentos para quem apresentar projetos alinhados com essa realidade", finaliza o prefeito.

Adiló e Caravantes também acompanharam o lançamento da COP 30, que será em novembro de 2025, em Belém (PA).

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