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Manuelli Boschetti/Câmara de Caxias/Divulgação 

Agosto é o mês de conscientização das Altas Habilidades/Superdotação. Em todo o país são realizadas atividades nas comemorações do Agosto Laranja. Em Caxias do Sul, não é diferente e, pela segunda vez, realizamos a Semana Municipal das Altas Habilidades, uma data incluída no calendário oficial por meio de uma lei proposta por mim, a partir da sugestão de um grupo de famílias de crianças identificadas com superdotação.

Quem convive com as Altas Habilidades, seja na família, na escola, no trabalho, sabe o quanto precisamos compreender melhor, ampliar as informações para a comunidade, contribuir na qualificação dos professores e lutar pelos direitos das crianças, adolescentes e adultos que, segundo a Organização Mundial da Saúde, representam pelo menos 5% da população mundial.

Na programação de 2023 tivemos a imensa alegria de celebrar uma parceria inédita entre o Instituto Federal do RS e a Frente Parlamentar das Altas Habilidades da Câmara de Vereadores: um curso on-line e gratuito que traz os conceitos básicos a respeito do tema. Em cerca de 10 dias do lançamento, já são quase 400 inscritos de várias partes do Brasil. Um número que nos enche de esperança de que essas pessoas consigam sair da invisibilidade e sejam valorizadas pelo seu potencial. Para conhecer o curso, acesse https://moodle.ifrs.edu.br/ e busque por "altas habilidades".

Na abertura da semana, no início de agosto, o relato da Ana Helena Strey Hubner, de 7 anos, aluna do 2º ano da EMEF Catulo da Paixão Cearense, emocionou a todos. Representando os estudantes, ela disse: "O cérebro das pessoas com altas habilidades e superdotação funciona de forma um pouco diferente, o que permite que elas aprendam coisas novas com muito mais facilidade e rapidez. Parece um superpoder, não é mesmo? Mas nem tudo é tão fácil quanto parece".

Não é mesmo. O relato de muitas crianças, jovens e adultos ainda é de incompreensão, solidão, sofrimento e preconceito. Estamos falando de gênios? De pessoas que se destacam em tudo o que fazem e que não precisam de um acompanhamento especial? Definitivamente não. Estamos falando de pessoas com habilidades acima da média em uma ou mais áreas e que precisam de um ambiente que possibilite condições para exercer essas capacidades e se aprimorar. Esse é o papel da família, da escola e de toda a sociedade. Esse potencial todo não pode ser desperdiçado e o melhor caminho é, sem dúvida, a informação.

Para mais informações de como acessar o curso no link https://www.instagram.com/p/CwVgxWNAMoV/.

Marisol Santos, Jornalista e vereadora Presidente da Frente Parlamentar das Altas Habilidades.

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