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Para Dado Schneider, o que fizemos bem feito até aqui não garante que vai funcionar

O consultor em Marketing e Inovação abriu o calendário de ações do Simecs

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
13.02.2022 - 17h58min

Fabíola Spiandorello/Simecs/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul abriu as atividades do ano com o “Simecs Conecta” que teve como palestrante o consultor de Marketing e professor de Inovação, Dado Schneider. O evento on-line realizado na semana passada, teve como objetivo promover uma mudança de mentalidade para adequação dos negócios aos novos perfis de trabalho e valores de consumo.

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O presidente do Simecs, Paulo Spanholi, abriu o encontro salientando o enfrentamento da pandemia em 2021, que contou com amplas orientações sobre a aplicação de protocolos sanitários nas empresas e ações comunitárias como a arrecadação de valores para a abertura da UBS São Vicente, a compra de testes para municípios da base de atuação e de materiais para as Unidades de Pronto-Atendimentos (UPAs).

"No ano passado, tivemos a falsa esperança de que tudo voltaria ao normal, porém, isso não se concretizou. Ainda hoje seguimos com os cuidados e ações para enfrentar a Covid, mas com muita expectativa de que 2022 seja diferente", estimou.

Spanholi também destacou a atuação do Simecs "como protagonista e como força propulsora para a competitividade da indústria de Caxias do Sul e região", representada pelo encaminhamento de 62 pleitos do setor e pelos 5 mil atendimentos a associados no último ano.

Confirma os principais trechos da palestra de Dado Schneider.

‘A experiência só serve se a tornarmos algo interessante para as novas gerações’

Os 40 anos de experiência no universo corporativo e 30 no acadêmico conferem a Dado Schneider a condição de referência, no país, em Marketing, Inovação e Comunicação para Vendas. Das sucessivas e cada vez mais rápidas transições deste período, impulsionadas especialmente pelas tecnologias digitais, ele traz a lição central sobre a mudança de mentalidade no empreendedorismo: ela precisa ser constante, porque as transformações também são, acontecendo em volume, complexidade e velocidade cada vez maiores.

‘Fazer o que fizemos bem feito até aqui não garante que vai funcionar’

Schneider constrói a argumentação com base nas mudanças socioculturais verificadas dentro dos séculos XX e XXI. Enquanto a estrutura anterior era de autoridade vertical e as fontes de informação eram poucas, conhecidas e controladas, os anos pós 2000, em virtude da popularização e portabilidade da Internet via smartphones, trouxeram uma era horizontal, de informação infinita e não controlada por figuras de autoridade.

"No século XX a diferenciação era por idade; no XXI, é por mentalidade. Fazer o que fizemos bem feito até aqui não garante que vai funcionar, porque o mundo não é mais vertical. Nossa experiência é ótima desde que a tornemos interessante para as novas gerações, que lidam com autoridade, informação e negociação de forma horizontal. Nossas empresas terão que se adaptar a esse novo tipo de pessoas", preconizou. O novo agrupamento referido é a Geração Z, dos nascidos no final dos anos 1990, que cresceu com acesso à Internet e dispositivos tecnológicos.

‘Antes um mandava, agora vários co-mandam’

A transformação digital, segundo Schneider, foi acelerada pela pandemia da Covid-19, antecipando mudanças definitivas, como o modelo híbrido de trabalho, presencial e remoto. A este fator soma-se o gradativo aumento da longevidade populacional, ampliando a convivência de diferentes gerações nas empresas, o que implica em mudanças diretas de mentalidade. "A nova agenda do século XXI traz valores como sustentabilidade, inclusão, diversidade, cooperação, colaboração. Antes um mandava; agora vários co-mandam", comparou.

‘No século XXI você não pode se dar ao luxo de não querer saber’

As mudanças contemporâneas, conforme o palestrante, se dão em maior volume, complexidade e velocidade como nunca antes na história. "Somos adultos inéditos. Ninguém, em outra época, viu passar o que nós estamos vendo. Não dá mais para ignorar novos conceitos de gestão, dizer 'não sei' sobre metodologias. No século XXI você pode não gostar, mas não pode se dar ao luxo de não querer saber", alertou. "A gente muda quando começa a aceitar as mudanças. E, para aceitá-las, é preciso entendê-las".

A necessidade de atualização vem do fator primordial para qualquer empreendimento: o cliente, cujo perfil mudou com as transformações geracionais. “Até o século XX havia poucas opções. O mantra básico era a “formação de vínculos sólidos e duradouros”. A Internet multiplicou opções. Os clientes não pertencem mais à gente, não criam mais vínculos sólidos".

‘Quem não entender as mudanças, não vai reter talentos’

A ênfase na inovação para fazer frente a tais desafios, segundo Schneider, trata, sobretudo, de melhorar processos de gestão e adotar novas visões de liderança, mercado e futuro dos negócios, o que leva a um conceito de ‘coopetição’, no qual os competidores cooperam para elevar o nível do setor.

"Tudo o que tem estrutura, velocidade e mentalidade do século XX está velho. Não são mais a tecnologia, o dinheiro para investir ou a experiência os grandes fatores de diferenciação das empresas, mas sim a velocidade de incorporação das mudanças. Quem não entender as mudanças, não vai reter talentos e promover a sucessão, o que é estratégico para a sobrevivência dos negócios e da região", observou Schneider. "Estamos na adolescência do futuro. A grande mudança é nessa década. E vamos muito longe", projetou.

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