Atividade será nesta quarta-feira, às 18h, no Zarabatana Café
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12.03.2024 - 12h48min
O livro Corrida contra o tempo – O que compromete a doação de órgãos e a eficiência do sistema de transplantes no Brasil – será lançado nesta quarta-feira (13), às 18h, no Zarabatana Café, no Centro de Cultura Ordovás, localizado na Rua Luiz Antunes, 312, em Caxias do Sul.
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A obra conta com reportagens dos jornalistas Flávio Ilha, Marcia Anita, Stela Pastore e Valéria Ochôa e fotografia de Igor Sperotto, e a publicação de 248 páginas é da Carta Editora. Com uma linguagem jornalística, acessível aos diversos públicos, a publicação mostra a importância das redes de apoio e revela os gargalos que impedem avanços nos transplantes.
São depoimentos contundentes de pacientes, familiares e profissionais da saúde envolvidos nas diversas etapas do transplante, com esclarecimentos sobre questões controversas, como o conceito de morte encefálica, condição única para que ocorra efetivamente a doação de múltiplos órgãos.
O livro-reportagem também traz informações confiáveis, por meio de entrevistas com especialistas veteranos da área de transplantes, para desfazer mitos em torno do tema. Um desses profissionais é o médico Valter Duro Garcia, uma das maiores referências em transplantes do país, que assina o prefácio da publicação.
"O Brasil, mesmo tendo um sistema considerado bem consolidado e regulado, ainda está longe de garantir aos milhares de pacientes em lista de espera, de Norte a Sul do país, o acesso a essa contribuição da ciência e da medicina", afirma a jornalista Valéria Ochôa, coordenadora do projeto editorial da Fundação Ecarta.
Segundo Valéria, a disparidade nas estruturas entre as regiões do país é gritante.
"São diferenças que resultam no crescimento insuficiente das doações de órgãos, em elevados índices de recusa familiar para a doação e em baixo índice de notificações de morte encefálica. Sem doação, não há transplante, mais pacientes morrem na lista de espera. Outros sequer entram em lista".
Transplantes no RS
A reportagem analisa particularmente a situação do Rio Grande do Sul – estado pioneiro na área de transplantes e um dos maiores transplantadores do país, mas que na última década estagnou na doação de órgãos, perdendo a liderança para estados com menos tradição, como Santa Catarina, Paraná e Ceará.
O livro relata experiências de sucesso em doação de órgãos dos estados de Santa Catarina e do Paraná e dos países da Espanha e Estados Unidos – dois modelos referências; a realidade dos bancos de tecidos; o protagonismo do Ministério Público do Rio Grande do Sul para a definição de um plano estadual para o Rio Grande do Sul e a organização da sociedade civil para conscientizar a sociedade e qualificar o Sistema.
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