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Entrevista

"O vencedor tem que ter paz", diz Edson Néspolo

Candidato do PDT recebeu nova oportunidade para concorrer à Prefeitura de Caxias do Sul

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
06.10.2020 - 15h19min

Antônio Chimia Lorenzett/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O PDT deu a Edson Néspolo a oportunidade de concorrer pela segunda vez consecutiva à Prefeitura de Caxias do Sul. Na eleição de 2016, o pedetista chegou ao segundo turno com 102.044 votos contra 68.214 de Daniel Guerra (Republicanos), uma vantagem de 33.830 votos. Entretanto, nos 28 dias que separaram o primeiro turno do segundo, a larga vantagem desidratou e resultou, para Néspolo,na pior derrota da vida política. Guerra venceu com 148.501 votos. Já o pedetista perdeu cerca de 14 mil, encolhendo para 87.996 votos.

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Antes, Néspolo tinha disputado duas eleições para a Câmara de Vereadores, se elegendo em 1992 e 1996. Retornaria a cargo público nas gestões de José Ivo Sartori (2005-2012), quando foi chefe de Gabinete e ocupou mais de 10 secretarias nos dois mandatos.

Confira a entrevista completa aqui.

Para recomeçar a vida pública após 2016, Néspolo aceitou o convite do prefeito de Gramado, João Alfredo de Castilhos Bertolucci, o Fedoca, e presidiu a Gramadotur, empresa responsável pela organização do Natal Luz e do Festival de Cinema. A experiência conquistada no principal destino turístico do Rio Grande do Sul pretende aplicar no seu futuro governo, caso vença o pleito.

– Perdi a eleição, e houve pessoas que não quiseram que eu morresse de fome. De todas as oportunidades que eu recebi, optei pela Gramadotur, que foi uma escola. Quando vem isso (as críticas por ter saído da cidade) deve ser de alguém que está preocupado e tenta me desqualificar. Aprendi muito em Gramado e dei a minha contribuição, e vou colocar todo esse aprendizado em prática aqui em Caxias.

Mais experiente – O candidato diz que chega para esta eleição “mais experiente e mais leve” sem a quantidade de partidos da coligação da última eleição, uma herança dos governos Sartori e Alceu Barbosa Velho (PDT) - um dos motivos da derrota. Neste ano, tem a seu lado o candidato a vice, Edson da Rosa (PP), com o apoio de PV e Rede. E propõe um pacto de união entre as forças políticas que disputam a eleição:

– Eu dei o exemplo. A imprensa queria avaliar o (governo) Guerra e nunca dei uma opinião negativa. Temos que respeitar a maioria e ter o entendimento de que o vencedor tem que ter paz para trabalhar. Os 11 candidatos têm que sair dessa eleição o mais unidos possível para ajudar a cidade – defende.

Também prevê uma mudança no perfil do secretariado.

- Me sinto mais preparado e isso pode contribuir para dar uma confiança maior ao eleitor. Hoje, quero um secretariado com visão empreendedora na habitação, na saúde, no desenvolvimento econômico. Meus futuros secretários têm que saber elaborar um projeto, buscar recursos, saber como funciona um fluxo de caixa. Quero que 90% do secretariado tenha visão de empreendedor

 

Propostas prioritárias

Turismo: “Nossa grande saída está no turismo, no lazer a na cultura. Resgatar isso vai gerar empregos e renda, vai movimentar a economia. A revitalização da Maesa pode ser feita com parcerias público-privadas. A Festa da Uva, transformada em parque temático com a iniciativa privada, sem entregarmos patrimônio. Há lei de mais de 15 anos, até hoje Caxias não fez PPP”.

Inovação e tecnologia: “Vamos extinguir três secretarias e criar a Secretaria da Inovação e Tecnologia, para introduzir essas áreas urgentemente na Prefeitura. Não é possível uma pessoa ir às 6h marcar uma consulta no postinho, tem que ser via celular. As pessoas têm que pegar as guias de ISS, ITBI, IPTU e os alvarás por um aplicativo. E terminou o tempo que Caxias não precisava dar incentivo para empresa. Temos que ser competitivos”.

Regularização fundiária: “Temos um valor a ser resgatado na regularização fundiária que ninguém dá bola. Não é possível que não tenha como regularizarmais mais de 100 loteamentos e condomínios ou áreas consolidadas. Isso me dá convicção que o fardo não é tão pesado”.

 

Relação com os governos anteriores

Sartori e Alceu: “Com o Sartori começamos a fazer as grandes transformações, grandes obras foram planejadas naquele governo. Eu, na condição de chefe de Gabinete, assumi mais de 10 secretarias e tive uma experiência maravilhosa. O Alceu me proporcionou ser presidente da Festa da Uva e foi uma coroação. Eu trabalhei no evento voluntariamente por quase 20 anos, desde a época do (ex-prefeito) Mário Vanin. Fizemos belas festas com envolvimento comunitário”.

Daniel Guerra: “Esse governo não dialogou e se fechou em si. Essas características são conhecidas do Guerra. Deve ter tido coisas boas, mas ele pecou pela falta de diálogo”.

Flávio Cassina: “É uma pessoa muito séria e responsável, e pegou o município depois de uma cassação. Não está conseguindo fazer tanta coisa, mas pelo menos deu uma pacificada na cidade”.

 

Calendário

5/10 Adiló Didomenico e Antonio Feldmann

Hoje Carlos Búrigo e Edson Néspolo 

7/10 Júlio Freitas e Marcelo Slaviero 

8/10 Nelson D’Arrigo e Pepe Vargas 

9/10 Renato Nunes, Renato Toigo e Vinicius Ribeiro 

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Eleições 2020 entrevista reportagem Edson Néspolo PDT Caxias do Sul