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Entrevista

"O jeito do Sartori fazer política é meu jeito", diz Carlos Búrigo

Candidato aposta na identificação com ex-governador José Ivo Sartori para convencer o eleitorado a retomar o estilo das administrações do MDB

Colunista - Ariel Rossi Griffante

Ariel Rossi Griffante

redacao@serraempauta.com
06.10.2020 - 14h04min

Luiz Chaves/Divulgação
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Do bloco que chegou a comportar 21 partidos na sustentação das administrações de José Ivo Sartori (MDB, 2005-2012) e Alceu Barbosa Velho (PDT, 2013-2016) originam-se cinco candidaturas à Prefeitura de Caxias do Sul em 2020. Ungido pelo ex-governadorcomo, dentre seus apoiadores, “aquele que mais representameu jeito de pensar e agir”,o deputado estadual Carlos Búrigo tem o desafio de convencero eleitorado caxiense a designá-lo como o sucessor de Sartori no comando de um governo do MDB no município. A coligação é formada ainda pelo PSB, do candidato a vice Elói Frizzo, Cidadania e Avante. 

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Ambos, entretanto, sabem que o carisma do líder é necessário para impulsionar a candidatura, como testemunhado na convenção do partido: “O Búrigo é alguém que sabe construir, ouvir, dar um passo depois do outro. Uma alma equilibrada nesse momento que precisamos de equilíbrio. É por isso que vou participar dessa eleição”, anunciou Sartori.

Confira a entrevista completa aqui.

Eleitoralmente, é a maior empreitada da carreira de Búrigo, que dedicou os últimos 28 de seus 56 anos ao exercício ininterrupto de funções públicas. A jornada começou em 1993, na Secretaria da Administração do então recém-emancipado município de São José dos Ausentes. O desempenho o levaria à eleição como prefeito em 1996, e este à reeleição em 2000. Em 2004 foi convidado por Sartori para assumir a Secretaria da Fazenda de Caxias do Sul, permanecendo na função por dez anos – os oito de mandato do colega de partido e os dois primeiros (2013 e 2014) da gestão Alceu. 

A saída da Prefeitura deu-se por nova convocação de Sartori. Búrigoassumiu a Secretaria de Planejamento, Gestão e Finanças e repetiu a permanência durante todo o governo como o ‘braço-direito’ do parceiro político. Dali rumou para a Assembleia Legislativa, como deputado suplente em exercício desde o início da legislatura, em 2019. 

Ouvir para fazer – Búrigo não se exime de assumir-se como possível herdeiro político da dinastia Simon-Rigotto-Sartori em Caxias, lembrando que é o primeiro nome do MDB a encabeçar chapa à Prefeitura depois de seis eleições com Rigotto (concorrente em 1988 e 1996) e Sartori (1992, 2000, 2004 e 2008). E é recíproco ao ex-chefe na manifestação de afinidade: “O jeito do Sartori fazer política é o meu jeito, com verdade, transparência, dizendo ‘sim’ quando necessário e explicando quando se tem que dizer ‘não’”, define.

Assim, o argumento da candidatura é que representa a retomada do estilo Sartori – descrito pelo candidato como de conciliação entre ouvir a comunidade e a realização de obras. Porém, asseguraBúrigo, haverá atualizações. “Vivemos outro tempo, precisamos de uma Prefeitura parceira da população e da iniciativa privada, trazendo os melhores exemplos de gestão pública do mundo para a nossa realidade”, aponta.“Mas com certeza Sartori será um grande conselheiro”, reitera.

 

Propostas prioritárias

Reconstrução do diálogo: “Primeiro de tudo, reconstruir o grandediálogo com a população caxiense. Liderar é respeitar opiniões diferentes, ouvir os diversos segmentos da sociedade para resgatar o que Caxias sempre teve de mais forte: o espírito de parceria, de construir em conjunto e, assim, superar dificuldades”.

Assistência Social: “No pós-pandemia precisaremos cuidar dos que mais precisam do poder público, dos mais carentes, e também daqueles que estão deixando os serviços da iniciativa privada, como plano de saúde, escola particular e creches, e vão precisar dos serviços da Prefeitura nas áreas de Saúde e Educação, de assistência, de qualificação profissional para migrar pra outro tipo de trabalho, enfim, de políticas sociais”.

Reivindicações regionais: “A Prefeitura precisa ter agilidade na liberação de processos da população, e, Caxias, como maior cidade da região, deve liderar a união da Serra Gaúcha para reivindicar melhorias,sobretudo logísticas, de transporte e produção, aos governos estadual e federal. O município ainda recebe muito menos do que arrecada e merece”.

 

Relação com os governos anteriores

Sartori e Alceu: “Me orgulho de ter feito parte das três administrações e me espelho no Sartori como referência política. Fizemos muito ouvindo a comunidade e vamos retomar esse modo de fazer política. Ser prefeito é ouvir a todos e fazer o que as pessoas necessitam. Não sonho em ser prefeito, mas em estar prefeito para ajudar a cidade.”

Daniel Guerra: “Não vamos governar olhando para o retrovisor. É difícil avaliar um governo que se fechou na Prefeitura e não dialogou com nenhum segmento. Em alguns setores, os conflitos inviabilizaram programas e ações que vinham dando certo. Nossa administração será de unidade.”

Flávio Cassina: “É uma plataforma que se relaciona muito com nossos governos anteriores. O Cassina e o (vice-prefeito) Frizzo melhoraram muito a Prefeitura nesses 10 meses, em relação à gestão anterior (Daniel Guerra). Nosso debate é propositivo. Nosso plano de governo não tem promessas que não possamos cumprir.”

 

Calendário

5/10 Adiló Didomenico e Antonio Feldmann

Hoje Carlos Búrigo e Edson Néspolo 

7/10 Júlio Freitas e Marcelo Slaviero 

8/10 Nelson D’Arrigo e Pepe Vargas 

9/10 Renato Nunes, Renato Toigo e Vinicius Ribeiro

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Eleições 2020 Entrevista reportagem Carlos Búrigo Caxias do Sul