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Daniel Hendler/Divulgação

No varejo, cada vez mais a atenção, o tempo e o dinheiro do consumidor são disputados, não apenas por empresas do mesmo seguimento, mas principalmente pela quantidade de informações e opções de lazer e consumo proporcionadas em um mundo cada vez mais hiperconectado.

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No universo de Shoppings Centers, o momento não é diferente. Conforme o Censo Brasileiro de 2023, o fluxo médio mensal de visitantes no país em shoppings é de 462 mil pessoas por mês, apresentando um crescimento de 4% em comparação com o ano anterior, no entanto ainda quase 8% abaixo de 2019. O que esse número significa? Que gradativamente o consumidor está seleto com a sua ocupação de tempo e, consequentemente, o desafio dos shoppings e no varejo físico em geral também. A intenção primordial é atrair a atenção do cliente, buscando proporcionar experiências de qualidade e diminuindo os pontos de atrito.

Segundo uma matéria recentemente publicada no Mercado&Consumo, por Luis Alberto Marinho, ao invés de buscar o crescimento de Share of Market (participação no mercado) ou Share of Pocket (participação do orçamento), os shoppings devem mirar no Share of Life, ou seja, oferecer motivos para que as pessoas passem mais tempo no empreendimento e ampliar as chances de compra.

Para fortalecer esse desejo, alguns pilares são importantes, como o aumento das apostas em entretenimento, adequadas ao público-alvo, com uma dinâmica de inovação constante. Instigar a gastronomia é outro ponto forte, pois representa 17,5% das áreas de lojas, sendo 46% espaço de restaurantes ou de gastronomia mais elaborada, agregando, ainda, a proposta de valor com ampliação do mix de serviços.

Outra base significativa em alta é a preocupação com o conceito ESG, que engloba temas ambientais, sociais e de governança, nos quais os empreendimentos conseguem reciclar acima de 78% dos resíduos gerador, por exemplo, conforme último censo ambiental da Abrasce. Além disso, campanhas de arrecadação estão inseridas em sua área de abrangência, sendo uma plataforma para conectar todos os momentos.

Gradualmente, a velocidade de adaptação é relevante para a manutenção e conquista dos consumidores. A SXSW, maior festival de inovação do mundo, que está ocorrendo nos EUA, apresenta que 46% da geração Alpha está desenvolvendo preferências de marca, por meio das conexões com seus propósitos. Isto é, não tem espaço no futuro para quem não estiver interligado com temas sociais e ambientais, sejam empreendimentos ou marcas dos mais diversos tipos de produtos.

Superintendente do Shopping Villagio Caxias, David Hunner.

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