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Opinião

O cofre vazio da cidade é visto por todo lugar

Antônio Braga:

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
07.11.2022 - 08h05min

Reprodução/Divulgação
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A resposta pode estar no visual da cidade de Caxias do Sul. Todo um conjunto positivo que havia está em baixa. De um pormenor, como a zeladoria urbana, ao sistema previdenciário municipal, tudo é sofrível. A atual gestão, Adiló Didomênico/Paula Ioris, está colhendo os feitos de antecessores que deixaram o município sem capacidade de equilibrar suas próprias contas que dirá capacidade de investimento. A peça orçamentária enviada à Câmara Municipal não deixa dúvida sobre isso. O déficit das contas municipais em 2023 será de R$ 400 milhões.

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Enquanto a receita prevista chega a quase R$ 3,3 bilhões, a despesa fica pertinho de R$ 3,7 bilhões. É amargo acreditar nesses dados quando, em tempos recentes, talvez, duas décadas, sabia-se que Caxias do Sul apresentava uma situação saudável, com contas em dia e com boa capacidade de investimento, além de bons créditos no mercado financeiro. Agora, todavia, rubricas como o sistema previdenciário estão sob risco e o aspecto da cidade é de descuido.

O debate anda às voltas com a reforma da previdência municipal, além de a pauta apontar para concessão do que é precípuo a um município – a entrega de logradouros a cuidados particulares. A par dessa pindaíba, o município segue o tranco das medidas fáceis, como mandar à Câmara Municipal projeto de lei concedendo risco de vida a membros da Guarda Municipal.

Como já dito aqui, à Guarda Municipal, constitucionalmente, compete relação patrimonial, o que escancara a obviedade de que se houver risco de vida ao agente, este deve ser remetido ao órgão competente. Esta relação é de competência da Brigada Militar que tem treino físico e intelectual para tratar de situações extremas. Todavia, o município está querendo assumir essa responsabilidade, com grande repercussão no seu próprio orçamento, com reflexo também nas contas do fundo previdenciário.

Diante de atos dessa natureza o todo vai-se esboroando. O orçamento explode. A previdência se fragiliza. A praça fica mal cuidada. E as desculpas vão se somando. Voz da prefeitura, na questão do furo de R$ 400 milhões para 2023, alega efeitos da covid-19 decorrentes de demandas sociais. É possível que algum reflexo dessa desgraça seja verdadeiro, mas, por mais santa que seja a ingenuidade dos munícipes, é impossível não questionar os compromissos financeiros feitos pela prefeitura.

Enfim, Caxias do Sul está vivendo um momento impensável em tempos nem tão distantes. A situação de hoje, até prova em contrário, é uma questão não só de políticas administrativas, mas de política partidária em que um agente não critica outro para não atingir correligionários de mesma orientação ideológica.

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