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João Pedro Bressan/Divulgação

O prefeito de Caxias do Sul Adiló Didomenico e a vice-prefeita Paula Ioris, ambos do PSDB, conduziram nesta terça-feira, dia 1º de março, a apresentação da nova diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca) a um grupo de lideranças políticas, comunitárias e sindicais. A administradora Maria de Lourdes Fagherazzi assume oficialmente a gestão da empresa na próxima segunda (7) em substituição a Helen Machado (PSDB), que não participou da reunião.

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Ao reforçar que a empresa passa por momento difícil, o prefeito convocou as lideranças presentes para um mutirão que leve à recuperação e destacou a existência jamais vista de um pacto informal entre todos, sempre resguardando a autonomia de cada um.

"Respeito aqueles que defendem a privatização da Codeca, até pela situação atual, mas reitero que ela segue estratégica para o desenvolvimento do Município", assinalou.

Adiló lembrou que, durante sua gestão como diretor-presidente da Codeca nos governos de José Ivo Sartori (MDB), sofreu pressão pela privatização, pois a situação em 2005 era similar à atual.

"Com esforço e unidade conseguimos a recuperação, o que espero repetir agora", assinalou.

O chefe do Executivo lembrou que o ex-prefeito Mansueto de Castro Serafini Filho (PTB), em seu segundo mandato, criou o departamento de coleta na Codeca, que então se limitava a fazer capinas e roçadas, para enfrentar o setor privado que fazia o recolhimento de lixo.

"Foi uma grande conquista para a comunidade e não podemos abrir mão dela", reiterou.

Adiló assinalou que Caxias é a única cidade, dentre as grandes e médias do Brasil, que ainda mantém o controle sobre coleta e destino dos resíduos, água e esgoto.

"Somos uma raridade, com grande potencial, que precisa ser preservado", manifestou.

Ao enfatizar a importância do encontro pelo acolhimento que estava sendo dado à nova gestora, o prefeito mencionou que as medidas adotadas pela diretora-presidente Helen Machado que deram resultado serão mantidas, enquanto outras poderão ser avaliadas dentro da nova realidade. Reconheceu que, com o pico da pandemia, registrado em março e abril do ano passado, a Administração como um todo não conseguiu oferecer a atenção que era necessária a gestão, que assumiu com prejuízo acumulado de R$ 30 milhões, sem recursos em caixa, frota sucateada e contratos com preços defasados.

"Naquele momento optamos por salvar vidas. A situação atual é um pouco menos grave na saúde, o que nos permitirá contribuir mais com a nova administração", projetou.

Maria de Lourdes disse ser uma estudiosa contumaz e que vê na educação a solução para os problemas mais graves da sociedade. Filha de agricultores, detalhou alguns pontos de sua vida particular e o apoio que teve dos filhos para assumir a Codeca, primeiros a tomar conhecimento do convite.

"Estava empregada e pensei muito até tomar a decisão. Trata-se de um desafio enorme, talvez o maior que já tive na minha carreira como gestora", citou.

A administradora formada pela Universidade de Caxias do Sul afirmou que pauta suas relações profissionais e privadas pela ética, retidão e trabalho. Manifestou acreditar no poder das pessoas, no diálogo e nas técnicas de administração como estratégias para encontrar as soluções e atender o bem coletivo.

"A visão estratégica da Codeca está posta: voltar a ser uma empresa de excelência. E não há outra opção que não essa", assinalou.

O encontro teve as presenças de integrantes do Conselho de Administração da Codeca, de representantes dos sindicatos de trabalhadores em limpeza, construção civil e dos rodoviários, de setores empresariais e da comissão de negociação do Executivo, além de vereadores e de lideranças de trabalhadores.

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