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Opinião

Na Virada, governo vai, governo vem

Antônio Braga: 'Que os direitistas convivam com a esquerda de Lula, assim como a esquerda conviveu com a direita de Bolsonaro'.

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
02.01.2023 - 07h10min

Divulgação
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Virada de ano marca o tempo. As esperanças se renovam. As energias se propagam na expectativa de renovação, de sucesso, de paz, de felicidade. As pessoas se unem, mesmo distantes umas das outras, em torno da força desse desejo rumo ao futuro. Afora essas energias, o calendário não passa de convenção organizacional do tempo, que enquadra desde a história individual de cada um até a de fatos locais ou universais. O envolvimento em torno do calendário é sempre bonito! E assim, destaca-se, agora, no calendário gregoriano, o início de um governo Executivo no País.

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Trata-se de uma história no tempo que se inicia no calendário sem que se desfaça do passado. Profícuas realizações são sempre o desejo, visto que é salutar a qualquer povo contar com um bom governo. O governo que agora assume, porém, chega em um tempo de ânimos exaltados, com os quais terá que saber lidar. Afinal, a sua vitória na eleição, percentualmente, foi apertada, com pouco mais de 2,1 milhões de votos.

Em que pese as narrativas de fraude, nenhum promotor eleitoral ou mesmo eleitor, de que se tenha notícia corrente, propôs qualquer ação nesse sentido. Portanto, não há, nas Zonas Eleitorais, nenhum processo à espera de sentença. Por aqui, na aldeia, a notícia que se dispõe é a de que os eleitores foram às urnas e votaram e que, no final do processo, o presidente de cada Mesa emitiu um boletim, o que faz prova da votação, sendo os dados remetidos ao Tribunal Superior Eleitoral para totalização dos votos, procedimento que pode ser verificado em caso de dúvida.

A Nação, todavia, se vê às voltas com vilões "eleitos" por parte da opinião pública, com qualificativos depreciativos a ministros, bem como ao STF e ao TSE. Esse viés ideológico encontra, lamentavelmente, apoio em "jornalistas", bons criadores de narrativas, transformados em ídolos. Nessa senda até um estrangeiro, a partir da Argentina, surgiu para, aos quatro ventos, proclamar vulnerabilidade do sistema de votação no Brasil.

Em meio a esse sentimento, instigadas, pessoas de pensamento direitista foram à frente dos quartéis pedir um golpe de Estado. E em meio a elas surgiram extremados, beirando o terrorismo, como foi o caso, em Brasília, do artefato explosivo em um caminhão de combustível, bem como ao incêndio de veículos. No tempo, já houve escaramuças nesse sentido. Nos estertores do regime militar, os inconformados com a abertura democrática tentaram explodir o Riocentro, centro de convenções no Rio de Janeiro, e enviando uma carta-bomba à OAB do Rio, matando a secretária da entidade.

No tempo, esse foi o marco em que os militares profissionais sepultaram o viés de golpes vigente desde a proclamação da República, voltando-se à formação profissional e ao precípuo dever das Forças Armadas de defender a Nação sem se imiscuir na seara da política.

Enfim, o tempo não para e nem retrocede. A história é que registra os fatos. Que o novo governo encontre a saída necessária para um tempo de prosperidade e de paz à Nação. Que os direitistas convivam com a esquerda de Lula, assim como a esquerda conviveu com a direita de Bolsonaro.

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