Ecologista, agrônomo e escritor completaria 100 anos em 2024
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12.09.2024 - 10h29min
A exposição José Zugno - Um Semeador de Ideias a Serviço da Vida Agrícola celebra a vida e a obra do agrônomo, naturalista, professor e escritor José Zugno, que neste ano de 2024 completaria 100 anos. A mostra marca a reabertura do Museu Municipal Caxias do Sul após três meses em reforma e pode ser visitada até o dia 10 de novembro, de terça a domingo, 10h às 16h.
A mostra conta com 12 painéis temáticos ricamente ilustrados por textos e imagens exclusivas pertencentes ao seu vasto acervo pessoal e coletadas ao longo de décadas. O trabalho é resultado de mais de 10 anos de resgate, organização e catalogação do acervo de José Zugno realizados por filho, o jornalista Ricardo Zugno.
Idealizador da exposição e autor do livro que relata a história de seu pai, Ricardo ressalta que o agrônomo deixou um imenso legado para Caxias.
"O Museu Municipal é a antiga sede da Prefeitura de Caxias do Sul e um espaço altamente significativo para sediar esta exposição pois foi ali que, em 1949, 75 anos atrás, José Zugno dava início à Diretoria de Fomento Agrícola e Assistência Rural, um serviço municipal de assistência aos agricultores que foi pioneiro em todo o Brasil, se tornou referência nacional e inspirou a instauração das secretarias de agricultura municipais no resto do país, bem como serviços de assistência técnica para os produtores rurais como a Emater", conta.
A exposição marca também os 70 anos da criação do Parque dos Macaquinhos e os 45 anos do início da Feira do Produtor Rural, duas obras encabeçadas por José Zugno.
Com perfil itinerante, a exposição já foi apresentada nos bairros de Galópolis e Forqueta, no Distrito de Fazenda Souza, na Festa da Uva e na Câmara dos Vereadores de Caxias.
Os agendamentos para visitas em grupos podem ser realizados pelo telefone (54) 3221-2423 ou pelo e-mail educativomm@caxias.gov.br.
Sobre José Zugno
O trabalho de José Zugno era considerado de tal excelência que lhe garantiu preferência para estar à frente da DFAR/Secretaria de Agricultura durante 26 anos, sob nove administrações públicas dos mais variados partidos políticos.
As iniciativas e ações do agrônomo e naturalista José Zugno deixaram um imenso legado para o Município. Mais do que fomentar uma agricultura técnica, José Zugno fomentou uma nova cultura de valorização da atividade do agricultor e do meio rural.
No meio urbano é responsável pela criação das feiras do agricultor, que permanecem ativas e multiplicadas, pelo incremento de ambientes como praças, parques e jardins e pela farta arborização urbana que legou ao Município um patrimônio arborístico diversificado, com espécies como jacarandás, estremosas, ligustros, ipês, entre tantas outras.
O Horto Municipal de Caxias leva seu nome, em homenagem ao seu trabalho.
Coube ainda a Zugno, em 1954, a execução paisagística do Parque Getúlio Vargas, popularmente conhecido como Parque dos Macaquinhos, a partir do projeto do paisagista Irmão Teodoro Luiz.
O nome popular sagrou-se na voz do povo, após Zugno introduzir no parque, em 1958, cinco macacos na ilha do lago do parque, que faziam a alegria das crianças e dos frequentadores do espaço.
Na área rural, José Zugno foi pioneiro no desenvolvimento técnico que resultou no Município líder no Estado na produção de hortifrugranjeiros, entre outras culturas destaque.
Suas iniciativas foram um divisor de águas no aperfeiçoamento e diversificação de culturas, como a uva, e na qualificação técnica dos agricultores para a produção de alimentos, impulsionando o desenvolvimento agrícola de Caxias.
Os resultados positivos desta iniciativa marcaram o início da diversificação de culturas e da qualificação técnica dos agricultores na produção de alimentos. Para os agricultores representou melhoria na qualidade de vida e valorização de sua atividade. Já para os agrônomos tornou-se terra fértil ao propósito da profissão de produzir alimentos. Para a população urbana significou o acesso a alimentos mais diversificados e mais baratos.
Vida Agrícola
José Zugno foi incansável na disseminação dos conhecimentos que dispunha e na busca de novas fontes de pesquisa. Ele coletou e conservou um vasto acervo de informações e materiais sobre tudo o que se relacionasse à natureza.
Através da sua coluna Vida Agrícola, que ele manteve semanalmente para o jornal Correio Riograndense por mais de 50 anos, colaborou significativamente para o desenvolvimento do meio rural em todo o território nacional, onde chegava o periódico.
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