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Artigo

Mulheres e saúde mental no trabalho: você não está sozinha

Denise Luiza Francisquetti, psicóloga e consultora em Gente & Gestão

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Carla Souza Fotografia/Divulgação
Foto Principal - Notícia

Ser mulher no mercado de trabalho vai muito além de cumprir prazos e entregar resultados. É equilibrar múltiplas funções e, muitas vezes, colocar o próprio bem-estar em segundo plano. Além das pressões corporativas, muitas ainda acumulam responsabilidades domésticas e familiares, resultando em jornadas duplas ou até triplas. Esse cenário tem reflexos diretos na saúde mental e emocional, contribuindo para um problema cada vez mais frequente: o burnout.

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Segundo o último levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS), os atendimentos de mulheres representaram 71,76% do total de casos de burnout no Brasil. Em 2023, dos 393 atendimentos relacionados ao burnout realizados no SUS, 282 foram de pacientes do sexo feminino. A síndrome do esgotamento profissional é caracterizada pelo estresse excessivo no trabalho e pode ter implicações físicas e psicológicas graves, como ansiedade e depressão.

Além da sobrecarga de funções, as mulheres ainda enfrentam desigualdade de gênero dentro das empresas. A falta de reconhecimento, a disparidade salarial e a sobrecarga emocional tornam o trabalho um desafio constante para a saúde mental feminina. Sem um suporte adequado, esses fatores podem aumentar a sensação de esgotamento e desvalorização.

Você sabe reconhecer os sinais de alerta?

Sensação constante de cansaço e esgotamento, dificuldade de concentração, queda na produtividade, alterações no sono e no apetite, irritabilidade, falta de paciência e sensação de fracasso ou desvalorização são alguns dos indícios de que algo não vai bem. Se esses sintomas fazem parte da sua rotina, é essencial adotar estratégias para melhorar seu bem-estar.

Como cuidar da saúde mental no trabalho?

Para preservar sua saúde mental, estabelecer limites entre a vida profissional e pessoal é fundamental. Muitas vezes, as mulheres se sentem culpadas por tirar um tempo para si, mas esse equilíbrio é essencial para a produtividade e a qualidade de vida.

Praticar atividades que aliviem o estresse, como exercícios físicos, meditação ou momentos de lazer, também pode fazer diferença no dia a dia. Contar com uma rede de apoio, seja de amigos, familiares ou colegas de trabalho, ajuda a lidar com desafios e a reduzir o peso da sobrecarga emocional. Além disso, se a pressão estiver excessiva, buscar a orientação de um profissional de saúde mental é uma decisão importante para recuperar o bem-estar.

Cuidar da saúde mental não é apenas uma necessidade, mas um pilar fundamental para uma carreira de sucesso e uma vida equilibrada. Neste Dia Internacional da Mulher, além de celebrar conquistas, reflita sobre a importância do seu bem-estar emocional. Priorizar sua saúde mental é um ato de força e autovalorização. Que tal, hoje, dar o primeiro passo para cuidar mais de você? Você não está sozinha!

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