Aos 113 anos, Albertina Alves de Albuquerque recebeu a honraria da Câmara de Vereadores
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02.11.2023 - 16h47min
A costureira e agricultora Albertina Alves de Albuquerque, 113 anos, recebeu da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul o título de Cidadã Caxiense no final da tarde desta quarta-feira, dia 1º de novembro. A homenagem foi realizada no plenário do Legislativo.
A proposição partiu do vereador Alexandre Bortoluz (PP). Segundo ele, o reconhecimento valoriza o papel comunitário desempenhado ao longo dos anos por dona Albertina e pelo fato de ser a cidadã mais longeva de Caxias.
Filha de Emílio Alves de Albuquerque e Maria Francisca de França, nasceu em 9 de novembro de 1909, na cidade de Bom Jesus. Em vias de completar 114 anos, Albertina vivenciou os impactos dos principais fatos do século 20, como as duas grandes Guerras Mundiais, a Guerra Fria, a Gripe Espanhola, entre outros marcos históricos.
Residente em Caxias há quase meio século, mudou-se de Bom Jesus em 1974, com o seu falecido marido, Ramon Antônio do Nascimento, com quem foi casada por quase 30 anos. Hoje, a sua família conta com três filhos, 10 netos e cinco bisnetos.
Desde cedo, trabalhou com atividades da agricultura e do campo, incluindo corte de árvores e carregamento de lenha.
Em seu discurso, Bortoluz recordou que dona Albertina também atuou como costureira e segue firme sempre com muita fé e esperança.
"E a dona Albertina ainda não parou, mesmo com toda essa idade. Ela segue na produção de colchas de retalhos e travesseiros de fibra, para doação a famílias em vulnerabilidade social. Sua atividade solidária, cujo impacto social é indelével, é um exemplo a todos nós", completou o progressista.
Acompanhando todo o cerimonial em uma maca hospitalar ao lado esquerdo da mesa onde ficavam vereadores, dona Albertina não pensou duas vezes e falou ao microfone agradecendo pela homenagem.
"O que eu já fiz de coisa neste mundo velho. Ajudei minha família. Minha filha quando chegava do serviço, eu esperava ela. Acendia uma velinha ou duas e rezava. Sempre agradeci a Deus. Se Deus quiser e vai ser, ele decide o fim da minha vida", finalizou dona Albertina.
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