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Ministério Público recomenda que Câmara de Caxias arquive projeto de discute sobre patrimônio histórico

Promotora Janaína De Carli dos Santos sugere que se orientação for recusada poderá implicar em medidas judiciais. Legislativo mantém tramitação

Colunista - André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com

Noriana Seefeld Behrend/BD/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O Ministério Público (MP) recomendou à Câmara de Vereadores de Caxias do Sul que retire da pauta de votação e arquive o projeto de emenda à Lei Orgânica que pretende extinguir os parágrafos do artigo 192 da Lei Orgânica que tratam sobre a obrigatoriedade de parecer do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compach) e do Legislativo para a demolição de prédios com mais de 50 anos. A recomendação foi publicada nesta terça-feira (18), pela promotora Janaína De Carli dos Santos.

Com a revogação dos parágrafos, a lei ordinária, de autoria do então vereador Adiló Didomenico (PSDB), que alterou a necessidade de parecer do Compach para a demolição e reformas de prédios de 50 para 75 anos voltaria a ter validade.

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A promotora aponta que a lei foi aprovada no final do ano passado "sem a devida, necessária e democrática discussão sobre o tema" e que diminui "a proteção a bens construídos em um período de 25 anos, bastante relevante da história da cidade". Janaina considerada ainda a falta de um inventário dos bens remanescentes que apresentem valor histórico e cultural.

"O desatendimento à presente Recomendação (ou em sendo o projeto acima referido aprovado) poderá implicar na adoção das medidas legais e judiciais cabíveis, objetivando-se a declaração de inconstitucionalidade da alteração da Lei Orgânica Municipal e/ou a anulação de eventuais processos administrativos que visem à demolição de edificações com valor histórico e cultural sem prévio parecer do Conselho de Patrimônio Histórico e Cultural de Caxias do Sul", diz Janaína.

A Câmara de Vereadores decidiu manter a tramitação da matéria. A diretora-geral do Legislativo caxiense, Fernanda Paglioli, disse que respeita a recomendação do MP, mas ressaltou a independência dos poderes.

"O projeto não será retirado de pauta. A gente respeita a recomendação, mas entende que não pode tirar a legitimidade dos vereadores de apreciar a matéria".

Fernanda comentou que a recomendação do MP foi encaminhada para os 23 vereadores para terem conhecimento e decidirem dentro de suas convicções.

Nesta sexta-feira (21), às 14h, a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Câmara realiza uma audiência para discutir o assunto. Os integrantes da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Desporto e Lazer também irão participar da reunião.

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