Maurício Marcon renuncia a Comissão de Ética da Câmara de Caxias

Bruna Giusti/Divulgação

Após a votação desta quinta-feira (4) que decidiu pelo arquivamento da denúncia contra a vereadora Estela Balardin (PT), investigada por ter chamado o vereador Maurício Marcon (sem partido), de "racista, machista e homofóbico", o parlamentar usou as redes sociais para criticar a decisão da maioria dos vereadores que votou contra seu pedido para ter o mesmo tempo dado a defesa da petista.

Marcon manifestou contrariedade a votação dos vereadores do PSDB, Olmir Cadore, Marisol Santos e Tatiane Frizzo, que não permitiram o direito de defesa.

"Alguns vereadores que a gente considerava de conduta correta como, por exemplo, a vereadora Tatiane Frizzo (PSDB). Que eu considerava uma pessoa que trabalhava pelo correto. (...) Eu tive o direito de me defender negado pela Casa, pelos vereadores do PSDB", disse Marcon.

A vereadora Tatiane Frizzo, explicou que a decisão da bancada do PSDB foi de atender o regimento interno da Câmara de Vereadores.

"Existem normas e condutas que regem essa Casa Legislativa. O que a gente fez foi seguir o que está posto no regimento", comentou Tatiane.

Decepcionado com o resultado da votação, Marcon anunciou a renúncia ao cargo de presidente e integrante da Comissão de Ética Parlamentar.

"A política é pior do que a gente pensa. Muitas vezes a gente tem a visão de que em Brasília as coisas são erradas, mas não adianta, nada acontece por acaso. Aqui em Caxias, a política é nojenta, é podre, é asquerosa (...) Estou renunciando a presidência da Comissão de Ética. Vou renunciar também a participação nessa Comissão", disse o parlamentar.

No final da live, Marcon chamou de covardes alguns vereadores que mudaram o voto.

"Fica aqui o meu repúdio a esses vereadores covardes. Agora eu posso falar o que eles são: covardes, covardes, vocês são covardes, quem falou que ia 'tá' do meu lado e na hora mudou. Vocês são covardes. Eu não costumo tratar com covardes", disse Marcon, sem citar os nomes dos colegas.

Tatiane admitiu que tinha a tendência em votar pela punição de Estela, mas mudou de opinião durante a sessão.

"Falei para a vereadora Estela que o que ela fez foi errado, mas que também não concordava com essa punição que a Comissão de Ética havia proposto. (...) A punição que estavam dando a vereadora era desproporcional ao ato que ela cometeu", justificou a tucana.

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