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Manuela d'Ávila defende candidatura única da esquerda ao Piratini

Ex-deputada disse que não é pré-candidata a nenhum cargo

Colunista - Redação

Redação

redacao@serraempauta.com
22.11.2021 - 18h57min

Gabriel Lain/Divulgação
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A ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) defendeu a unidade dos partidos de esquerda PT, PCdoB, PSB, PDT e PSol para a eleição ao Piratini. Disse ainda que não é pré-candidata a nenhum cargo eletivo nas próximas eleições.

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Manuela d'Ávila fala sobre violência política de gênero em Caxias

Na sexta-feira (19), ela participou de um debate sobre violência política de gênero em Caxias do Sul. Depois do evento promovido pelo Instituto de Leitura Quindim, autografou seu livro mais recente, "Sempre foi sobre nós", que apresenta 15 textos escritos por personalidades femininas que contam relatos de violência política.

Na entrevista ao Serra em Pauta, Manuela diz que o principal caminho para combater a violência política de gênero é falar sobre o tema. Leia a entrevista na íntegra.

Serra em Pauta: A senhora comentou na palestra que a esquerda precisa ter juízo e formar uma candidatura única para tentar derrotar as candidaturas de direita. Como fazer isso?
Manuela D’Ávila:
A realidade nos exige a superação do que a gente está vivendo no nosso Estado e no país. Qualquer que sai nas ruas vê criança trabalhando, vê gente dormindo na rua, convive com a situação de desemprego dentro de suas famílias. Não existe uma família que não tenha uma pessoa desempregada ou trabalhando muito e ganhando muito pouco de forma precarizada.  É essa realidade que nos exige que estejamos unidos para construir alternativas que garantam comida na mesa do povo, que garantam a retomada de projetos assistenciais para que as pessoas comam e possam trabalhar. Para nós imaginarmos uma política de desenvolvimento que possa voltar a gerar trabalho e trabalho que remunere bem. A Serra sabe do que eu estou falando porque o polo metalmecânico sempre apresentou isso, trabalho com boa renumeração. Precisa de políticas que valorizem a produção e que gerem demanda. Se diante disso, nós não estivermos unidos vamos estar unidos diante de que? Se diante de 120 milhões de pessoas passando fome no nosso país, se diante de um Estado que perde posição econômica em todo esse último ciclo vamos estar unido diante de que? Temos que fazer o esforço de colocar o projeto político na frente e é para isso que estou trabalhando.

Serra em Pauta: Nos bastidores é cogitada uma candidatura sua ao Senado. Está nos seus planos?
Manuela D’Ávila:
Hoje, o meu esforço é para construir a nossa unidade. Hoje, temos quatro candidatos do nosso campo Edegar (Preto, do PT), Beto (Albuquerque, do PSB), (do Psol, Pedro) Ruas e Romildo (Bolzan, do PDT), e temos três espaços. Eu não quero ser o quinto nome. Eu quero ser a pessoa que ajuda a chegar a um acordo que garanta que nós estejamos no segundo turno. É por isso que não sou pré-candidata a nada, para poder ajudar na posição que tenho que estar agora que é de ajudar a construir e que possamos estar juntos.

Serra em Pauta: Qual é o caminho para combater a violência política de gênero?
Manuela D’Ávila:
Primeiro é falar sobre ela. É fazer as pessoas se darem conta que isso não é política. Falar sobre a vida privada, agredir, ameaçar não faz parte da política. Isso é outra coisa. A política é um espaço de diferenças? É, mas é um espaço de transformação de representação social. Não é possível que as mulheres que ocupam esses espaços sejam submetidas a todo o tipo de violência. A morte da Marielle (Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro), o abuso sexual como foi o caso da deputada Isa Penna (Psol) em São Paulo, não é possível que a nossa vida seja escrutinada publicamente porque nós desejamos ocupar esse espaço. Para mim, o primeiro caminho é falar sobre porque se a população perceber o que é e como esse mecanismo opera, a população vai se juntar a nós mulheres, sobretudo, as outras mulheres que já têm se juntado cada vez mais.

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