Atualmente, cerca de 40 mil pacientes aguardam na fila para atendimento médico
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14.07.2022 - 08h43min
A Secretaria da Saúde alerta para o alto número de faltas a consultas marcadas com antecedência na rede pública de Caxias do Sul. No primeiro semestre deste ano, 24.533 pessoas agendaram horários e não compareceram. Atualmente, mais de 40 mil pessoas aguardam na fila para consultas eletivas, número que poderia ser menor caso o índice de abstenção diminuísse.
Os números são referentes a consultas com especialistas, que têm alta demanda represada, e também a consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com pediatras, clínico geral, médico de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e ginecologista, além de atendimentos com a enfermagem.
O maior índice de faltas é nas consultas com especialistas, que chega a 11% dos agendamentos. Boa parte é justamente nas especialidades com maiores fila de espera, como dermatologia, gastroenterologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral e reumatologia.
Além de prejudicar a população que aguarda atendimento, as faltas geram retrabalho para novos agendamentos, o que naturalmente impacta em mais tempo de espera para quem precisa de atendimento. Cada falta custa aos cofres públicos, mais ainda quando ocorre aos finais de semana, que requerem pagamento de horas-extras para os servidores.
"Esse alto número de faltas prejudica todo o sistema de saúde. Estamos realizando mutirões tanto na atenção primária como nas especialidades, mas esse esforço é extremamente prejudicado quando ocorrem tantas faltas na ponta. Cada um que não comparece está tirando a oportunidade de outra pessoa, que também necessita de atendimento. Todos precisam fazer a sua parte nesta engrenagem", solicita a secretária da Saúde, Daniele Meneguzzi.
As faltas ocorrem tanto no dia a dia como nos mutirões da atenção primária nas UBSs e de especialidades no Centro Especializado de Saúde (CES), que são programados para sábados justamente para que a população tenha uma oportunidade a mais.
Para se ter uma ideia, o mutirão de consultas especializadas realizado no dia 4 de junho teve 25% de faltas e o da atenção primária, em 2 de julho, 15%. Em 2021 não foi diferente: 15% no primeiro mutirão de consultas especializadas realizado em julho e 14% no segundo em setembro, além de 10% em cada um dos dois mutirões da atenção primária, em novembro e dezembro.
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