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Infraestrutura

Lideranças políticas e empresariais rejeitam valor de outorga e limite de descontos para tarifas de pedágios na Serra

Câmara de Bento realizou audiência pública para debater o plano de concessão de rodovias do Governo do Estado

Colunista - André Tajes

André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com
23.07.2021 - 21h55min

Gabriel Lain/Divulgação
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A Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves reuniu lideranças políticas e empresariais da região para debater o modelo de concessão de rodovias apresentado pelo Governo do Estado. A audiência aconteceu nesta sexta-feira (23), à noite, na Fundaparque.

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O presidente da Frente Parlamentar da Câmara de Bento, vereador Idasir dos Santos (MDB), listou as reivindicações do grupo. Entre as demandas estão a ampliação do prazo para as discussões com a população, descontos na tarifa para usuários freqüentes e a extinção do aumento da tarifa de 30%, quando houver a duplicação da rodovia. Ele também pediu a revisão do cronograma de prazo das obras.

"Defendemos que as obras devam acontecer pelo menos até o 10º ano de concessão ou no máximo até o 15º ano", pontuou o vereador de Bento.

Para garantir uma tarifa mais justa, Idasir ressaltou que a Frente é contrária ao valor de outorga da empresa vencedora da licitação (pagamento ao Governo do Estado pelo direito de explorar as rodovias) e que defende o aumento do desconto no valor da tarifa para 50% - a proposta do governo prevê um limite de 25% de desconto.

"Aprovado dessa maneira ficará impossível ter preços justos e quem sairá ganhando é o governo", comentou Idasir.

Em vídeo, o secretário de Parcerias, Leonardo Busatto, realizou a defesa do plano original e garantiu que as duplicações das rodovias da Serra acontecerão nos primeiros cinco anos do contrato. Ele deixou as portas abertas para receber as reivindicações.

"Esta é uma proposta que estamos apresentando. Agora precisa que os senhores que conhecem a realidade da região analisem e nos indiquem se é necessário um investimento adicional e nos dêem subsídios para melhorar o projeto", comentou Busatto.

Na opinião do deputado estadual, Carlos Búrigo (MDB), é preciso discutir o cronograma de obras e o tempo das melhorias sugeridas pelo plano do governo estadual. Ele disse que é necessário debater os locais das praças de pedágios, o valor de outorga e o desconto da tarifa.

Representando o prefeito de Bento Diogo Siqueira (PSDB), o secretário de Governo, Henrique Núncio (PSDB), também defendeu a necessidade de discutir o valor da tarifa, a cobrança nos dois sentidos da rodovia, o cronograma de obras, os locais das praças de pedágios e o valor da outorga.

Para o presidente do Parlamento Regional e vereador de Nova Prata, Gilmar Peruzzo (MDB), o modelo de pedágio precisa ser analisado do ponto de vista dos usuários e não do Governo do Estado e da iniciativa privada. Ele defende que a tarifa tenha um preço justo.

"Temos restrições ao projeto da forma que está apresentado. Precisamos que esse cronograma nos diga de forma clara quais as obras e em que tempo elas serão realizadas. Temos que ter força de reivindicar", ressaltou Peruzzo.

A presidente da Frente Parlamentar da Câmara de Caxias, vereadora Denise Pessôa (PT), se manifestou contrária ao valor de outorga e reivindicou que o cronograma de obras seja mais detalhado.

"A outorga é uma política de caixa para o Estado. Não é uma política que pensa no usuário (da rodovia). É uma política que pensa no lucro das empresas, e talvez no caixa do Governo do Estado. Então, não é o melhor para o usuário", disse Denise.

A parlamentar caxiense também comentou sobre a criação de uma Frente Parlamentar da Serra formada, por enquanto, por nove municípios: Caxias, Bento, Farroupilha, Carlos Barbosa, Flores da Cunha, Pinto Bandeira, Antônio Prado, Nova Roma do Sul e Garibaldi. Ela estendeu o convite para parlamentares de outras cidades. Na próxima quinta-feira (29), o grupo vai se reunir em Farroupilha para debater sobre o tema.

O presidente da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra), Elton Gialdi, se mostrou contrário ao modelo de outorga e do limite de 25% de desconto no valor da tarifa.

"O governo trava o desconto e o custo vai ficar alto para os usuários. O desconto tem que ser livre ou entre 50 e 60%. A outorga é admissível. Ela vai sair do bolso dos usuários", ressaltou o representante das entidades empresariais.

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