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Lideranças do Novo, de Caxias, não apoiam impeachment de Bolsonaro

Diretório nacional decidiu questão nesta segunda, por omissão no combate à covid-19 e denúncia sobre vacina

Colunista - André Tajes

andre.tajes@serraempauta.com

Letícia Kreling/BD/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O Partido Novo decidiu fechar questão a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O anúncio aconteceu nesta segunda-feira (5). O diretório com tendência de oposição ao governo decidiu pelo apoio. Já na bancada federal da sigla houve um divisão.

Em Caxias do Sul, as principais lideranças do Novo, os vereadores Maurício Marcon e Maurício Scalco, e o ex-candidato a prefeito, Marcelo Slaviero, são contra a abertura do processo de impedimento.

A nota do Novo listou três potenciais crimes de responsabilidade que teriam sido cometidos por Bolsonaro: a omissão na gestão do combate a pandemia da covid-19 e o descaso com a aquisição das vacinas, fortes indícios de prevaricação em denúncia de esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin e interferências na Polícia Federal e no Ministério da Justiça sobre investigações do inquérito das fake news e na na Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), com a suspeita de envio de relatórios para ajudar Flávio Bolsonaro, filho do presidente e senador, nos processos que responde.

"Bolsonaro negou a gravidade da covid-19, boicotou e debochou das medidas básicas, estimulou aglomerações, recomendou remédios sem eficácia comprovada, disseminou desinformação sobre as vacinas e nada fez para conter a pandemia", diz a nota.

O Novo endossou o pedido protocolado pelo movimento "Vem Pra Rua", que em um documento de 922 páginas retrata mais de 35 tipificações penais em 130 crimes cometidos por Bolsonaro.

O que dizem as lideranças caxienses

"Eu mantenho o que sempre disse: o impeachment é sempre uma medida drástica demais. Transformar a cada mandato numa medida para solucionar problemas acaba virando um desrespeito ao processo eleitoral. Dentro do Novo, eu só fui a favor do impeachment da Dilma (Rousseff) depois que teve o parecer do Tribunal de Contas da União declarando claramente o crime de responsabilidade. No processo do Daniel Guerra fui até o último momento contra por que não havia um crime de responsabilidade. Agora continuo mantendo a mesma posição. Enquanto não houver claramente um fato definido como crime e que fique muito claro não há como apoiar um impeachment. Eu apoio é que se ampliem as investigações da PGR (Procuradoria Geral da República) sob o crime de prevaricação (A suspeita é de que o presidente sabia de indícios de irregularidades na compra da vacina Covaxin e não tomou providências)". Marcelo Slaviero, ex-candidato a prefeito.

"A decisão é institucional não vinculante, ou seja, todo mandatário é livre para ser a favor ou não. Eu sou contra o impeachment, se o presidente ou qualquer outro político for incompetente deve ser tirado no voto, afinal incompetência não é crime. Sobre os possíveis crimes da peça do Vem Pra Rua que o partido apoiou, entendo que ainda não existe materialidade para incriminar Bolsonaro, na própria peça existem afirmações como: “fortes indícios” ou “possivelmente”, entendo que sem fato concreto não é possível ser a favor de um remédio tão drástico como um processo de impeachment". Maurício Marcon, vereador.

"É uma posição do partido a nível nacional, mas não é vinculante aos mandatários. É um pedido de impeachment e no meu entender não estou convencido que tenha que ser feito. Sou contra até o momento. Não acho que seja a melhor saída para o Brasil na véspera de uma eleição daqui a um ano. Pode atrapalhar economicamente". Maurício Scalco, vereador

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